'Mickey Mouse palestino' é morto na TV

O “sósia” de Mickey Mouse que pregava a destruição de Israel e afirmava que o Islã ia "comandar o mundo" no programa de TV "Pioneiros do Amanhã", transmitido pela rede de TV Al-Aqsa, do Hamas, foi “morto” no episódio final nesta sexta (29).

Farfour, como era chamado, foi assassinado por um ator vestido de militar israelense. Em certo ponto do programa, o personagem chamou-o de “terrorista”.

O camundongo, um boneco quase idêntico a Mickey Mouse, personagem de Walt Disney, era protagonista do programa semanal, que passou a chamar atenção no mundo inteiro por conclamar crianças palestinas a combater Israel. O programa começou a ser exibido na Al-Aqsa em abril.

Os dirigentes da emissora disseram nesta sexta que Farfour foi tirado do ar para dar lugar a novos programas na grade da emissora. No entanto, o conteúdo novo não foi anunciado.

Reprovação

No início de maio, o governo palestino determinou o cancelamento do programa infantil, que vinha recebendo queixas de grupos israelenses. O ministro palestino da Informação, Mustafa Barghouthi, disse ter determinado a suspensão de "Pioneiros do Amanhã" para que seu conteúdo fosse revisto.

Na ocasião, a filha de Walt Disney, criador do Mickey Mouse, Diane Disney Miller, 73, atacou o uso indevido do personagem de desenho animado pela rede de TV Al-Aqsa, do Hamas, incitando o terrorismo e a aniquilação de Israel.

Segundo Miller, a apropriação do personagem criado em 1928 e que se tornou ícone da Disney e da cultura norte-americana é “puro mal”.