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OAB pede exumação de vítimas de operação no alemão
Rio - O presidente da comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio, João Tancredo, defendeu hoje a exumação dos corpos de vítimas da operação policial de quarta-feira no complexo de favelas do Alemão, na zona norte da cidade. Dos dezenove mortos pela polícia, pelo menos sete já foram enterrados. O advogado pretende fazer a sugestão a parentes das vítimas durante reunião marcada para hoje na associação de moradores da Favela da Grota. Quatro sepultamentos estão previstos para hoje.
A OAB quer uma necropsia independente para apurar denúncias de que onze das vítimas não teriam envolvimento com o tráfico. Integrantes da comissão foram impedidos pela direção do Instituto Médico Legal (IML) de acompanhar o exame dos corpos. "A comissão de Direitos Humanos não é comissão de bandido", afirmou Tancredo. Advogado da família de Mário Josino, assassinado em 1997 pela Polícia Militar na Favela Naval, em Diadema (SP), ele disse considerar "muito estranho" o fato de a Secretaria da Segurança não aceitar o acompanhamento das necropsias por um perito indicado pela comissão.
"O ideal seria examinar antes, no IML. Agora, vamos ver quais famílias vão querer fazer a exumação." Ontem, ao reconhecer no IML o corpo do sobrinho Emerson Goulart, de 26 anos, uma das vítimas, a empregada doméstica Rosa Goulart da Silva, de 38 anos, afirmou que ele era chaveiro há quatro anos e não tinha envolvimento com o tráfico.
Tancredo disse que encaminhou ofícios e seguiu toda a orientação da Secretaria da Segurança, mas não obteve resposta. "Seguimos toda a burocracia para pedir a cooperação. Não tivemos resposta nenhuma, é muito estranho. Há alguma coisa para esconder? Essa dificuldade nos deixa apreensivos. Amanhã estaremos lá na favela para formular as denúncias. São 57 dias de operação, 81 feridos, 43 civis mortos e um policial morto, a conta está pesada, não? Por isso a gente quer apurar", declarou o advogado. "Não estou fazendo juízo de valor. Não há razão nenhuma para que eu não acredite na comunidade. O que me deixa receoso é por que a secretaria cria tanta dificuldade. Não basta parecer honesto."
A OAB quer uma necropsia independente para apurar denúncias de que onze das vítimas não teriam envolvimento com o tráfico. Integrantes da comissão foram impedidos pela direção do Instituto Médico Legal (IML) de acompanhar o exame dos corpos. "A comissão de Direitos Humanos não é comissão de bandido", afirmou Tancredo. Advogado da família de Mário Josino, assassinado em 1997 pela Polícia Militar na Favela Naval, em Diadema (SP), ele disse considerar "muito estranho" o fato de a Secretaria da Segurança não aceitar o acompanhamento das necropsias por um perito indicado pela comissão.
"O ideal seria examinar antes, no IML. Agora, vamos ver quais famílias vão querer fazer a exumação." Ontem, ao reconhecer no IML o corpo do sobrinho Emerson Goulart, de 26 anos, uma das vítimas, a empregada doméstica Rosa Goulart da Silva, de 38 anos, afirmou que ele era chaveiro há quatro anos e não tinha envolvimento com o tráfico.
Tancredo disse que encaminhou ofícios e seguiu toda a orientação da Secretaria da Segurança, mas não obteve resposta. "Seguimos toda a burocracia para pedir a cooperação. Não tivemos resposta nenhuma, é muito estranho. Há alguma coisa para esconder? Essa dificuldade nos deixa apreensivos. Amanhã estaremos lá na favela para formular as denúncias. São 57 dias de operação, 81 feridos, 43 civis mortos e um policial morto, a conta está pesada, não? Por isso a gente quer apurar", declarou o advogado. "Não estou fazendo juízo de valor. Não há razão nenhuma para que eu não acredite na comunidade. O que me deixa receoso é por que a secretaria cria tanta dificuldade. Não basta parecer honesto."
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/219243/visualizar/
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