Varejo comemora recusa do Paraguai para alta de tarifas

Para o presidente da Abeim (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), Sylvio Mandel, o consumidor é o grande beneficiado pela decisão do Paraguai de vetar o aumento da Tarifa Externa Comum de 20% para 35%, anunciada em Assunção na reunião do Conselho Comum do Mercosul. "Foi uma decisão sensata", afirmou.

A Camex (Câmara de Comércio Exterior) havia aprovado, em abril, a elevação da TEC de 20% para 35%, mas era necessária a anuência dos quatro países membros do Mercosul. "Não é dessa vez que o consumidor será penalizado", comemorou Mandel, afirmando que o benefício atinge sobretudo as classes média e média-baixa, "quem de fato compra no varejo e arcaria com o repasse do possível aumento".

A Abeim reúne sete das principais redes varejistas. De acordo com Sylvio Mandel, as redes (Renner, Marisa, C&A, Wal-Mart, Mango, Cori e Luigi Bertolli) importam entre 8% e 10% de seus itens, principalmente casacos, tricôs e peças de tecido sintético.

Com a decisão, a tarifa de importação sobre artigos de confecções permanece em 20%, patamar considerado justo pela Abeim. A entidade afirmou que o volume de importações de confecções é muito pequeno (3,4%) em relação ao total do consumo nacional. "E essa parcela corresponde a produtos cuja demanda a indústria local não é capaz de suprir", aponta Mandel.