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Nacional
Sexta - 29 de Junho de 2007 às 18:33

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Acusado de ter negociado a partilha de dinheiro com um ex-presidente do BRB (Banco de Brasília), o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) está disposto a apresentar esclarecimentos no Conselho de Ética do Senado. A informação é do seu advogado, Everardo Ribeiro. "Se for necessário, o senador apresenta mais esclarecimentos. Ele [Roriz] colocou todos os sigilos [bancário, fiscal e telefônico] à disposição também', disse.

Roriz passou o dia em casa. Não foi ao seu gabinete no Senado. Recebeu amigos e antigos correligionários, além do advogado. Segundo Ribeiro, o ex-governador do Distrito Federal está "tranqüilo e bem". "Na próxima semana, ele retorna ao Senado e às atividades parlamentares. Depois que desabafou, está muito bem", afirmou o advogado.

O advogado criticou a possibilidade de o PSOL entrar com uma queixa-crime, no MPF (Ministério Público Federal), e um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) como meio de garantir que as investigações sejam realizadas. "Não fazem o menor sentido essas ações. Com questões jurídicas, é preciso ter prudência", disse ele.

O peemedebista foi denunciando a partir de investigações realizadas pela Polícia Civil do Distrito Federal na Operação Aquarela. A ação policial conseguiu desbaratar um esquema de desvios de recursos no BRB. A acusação é que o ex-governador do Distrito Federal teria negociado R$ 2,2 milhões de origem não conhecida.

Em escutas telefônicas de 13 de março, realizadas com autorização judicial, o senador foi gravado supostamente combinando a partilha de dinheiro com Tarcísio Franklin de Moura, ex-presidente do BRB. Mas também há menções a Constantino de Oliveira, conhecido como Nenê, presidente do Conselho Administrativo da Gol.

O assunto será investigado pelo Senado, segundo o corregedor-geral da Casa, Romeu Tuma (DEM-SP), e o líder do PSOL, José Nery (PA), que encaminhou requerimento ao Conselho de Ética propondo abertura de processo por quebra de decoro. Mas o requerimento ainda não foi apreciado pelo órgão.

Ontem, Roriz discursou no plenário, defendendo-se de todas as acusações. Emocionou-se, por pouco não chorou. Afirmou ser um "homem temente a Deus". E, ao deixar o Senado, seguiu direto para a Catedral de Brasília --um dos principais cartões postais da cidade. Lá, ele se ajoelhou e rezou.




Fonte: Folha Online

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