OAB recebe denúncia de execução de inocentes no Alemão
"O Emerson era chaveiro, tinha dois filhos e trabalhava havia quatro anos no mesmo ponto lá no morro", declarou Rosa. Ela disse que a mãe de Emerson passou mal e não conseguiu ir ao IML. Até o fim da tarde havia sido divulgada a identificação de oito corpos. Na lista parcial, além de Emerson, havia quatro adolescentes (de 13, 14, 16 e 18 anos), dois jovens (de 21 e 22) e um adulto de 41 anos.
Mas fontes do governo estadual ouvidas ontem pelo jornal O Estado de S.Paulo admitem que o número de mortos no confronto pode chegar a 30. O comandante do 16º Batalhão de Polícia Militar, Marcus Jardim, também não descarta a possibilidade de encontrar mais corpos nas matas.
No início da tarde, a Comissão de Direitos Humanos da OAB foi impedida pela direção do IML de acompanhar a necropsia dos corpos. O presidente da comissão, João Tancredo, recebeu informações de que vítimas foram executadas a facadas. A secretaria informou, porém, que os 19 morreram atingidos por projéteis. "A comissão recebeu inúmeras denúncias de que houve execução sumária, um massacre de civis. E também há a informação de que a polícia promoveu uma série de saques no comércio e nas casas durante a operação."
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