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Brown deverá reavaliar política externa britânica
Londres - A Grã-Bretanha terá um novo primeiro-ministro amanhã: Gordon Brown, o taciturno chefe do Tesouro, que terá como missão ganhar a confiança do povo, reavaliar a política do país para o Iraque e lutar contra o extremismo, após uma década de governo de Tony Blair. Falta ao novo líder o carisma do seu predecessor e ele enfrentará o desafio de limpar a mácula de ter servido em um governo que levou a Grã-Bretanha à impopular Guerra do Iraque.
Ainda assim, as pesquisas indicam que o governante Partido Trabalhista está se beneficiando da chegada de Brown ao poder - ao ponto que uma pesquisa de opinião mostra os trabalhistas na liderança da intenção de voto, à frente dos conservadores, pela primeira vez desde outubro. Muitos novos primeiros-ministros desfrutam de uma "lua de mel" com o eleitorado no início dos mandatos. Mas poucas pessoas esperavam que o soturno chefe das finanças fosse recebido com muito entusiasmo pelo público. De fato, a subida de Brown ao poder era vista mais como um estímulo para o mais jovem e dinâmico David Cameron, líder do Partido Conservador.
Até agora, Brown teve a habilidade de reverter essas expectativas ao acenar com planos para imprimir uma nova direção na política interna e na externa e deixar sua marca como primeiro-ministro. Uma pesquisa do instituto Ipsos-Mori, divulgada no domingo, mostrou os trabalhistas com o apoio de 39% dos eleitores para o próximo sufrágio, com os conservadores obtendo 36% das intenções de voto.
Muito observada mais de perto pelos eleitores será a atitude de Brown em relação ao Iraque, de onde as tropas britânicas estão sendo retiradas rapidamente em 2007 e cujos remanescentes estão estacionados na cidade de Basra. Blair deixa ao seu sucessor a opção de trazer de volta para casa os 5,500 soldados até 2008 - uma oportunidade que deverá ser agarrada por um líder que deverá enfrentar eleições antes de junho de 2010.
"Suas mãos, embora não totalmente limpas, não estão sujas," disse Alasdair Murray, diretor do instituto CentreForum, de pensamento liberal. Brown pode chamar o Iraque de "uma guerra de Blair" e se apresentar de maneira diferente. Brown poderá abrir uma futura investigação sobre o Iraque, a mídia britânica tem informado. A Grã-Bretanha precisa "admitir onde foi que errou," Brown disse recentemente, referindo-se à guerra. Como Blair, Brown tentará manter a Grã-Bretanha no coração dos esforços para a paz no Oriente Médio, com o foco na reconstrução da economia da Cisjordânia e de Gaza, dizem funcionários britânicos.
Mas permanecem dúvidas sobre a política externa de Brown. "Ninguém em Washington realmente sabe o que mudará, porque ele (Brown) tem sido muito discreto e quieto sobre as relações internacionais," disse Daniel Benjamin, analista político sênior no Brookins Institution, em Washington. Na Europa, contatos têm sido feitos com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o novo presidente da França, Nicholas Sarkozy, mas existem tensões entre a Grã-Bretanha e os países do continente que podem emergir.
Ainda assim, as pesquisas indicam que o governante Partido Trabalhista está se beneficiando da chegada de Brown ao poder - ao ponto que uma pesquisa de opinião mostra os trabalhistas na liderança da intenção de voto, à frente dos conservadores, pela primeira vez desde outubro. Muitos novos primeiros-ministros desfrutam de uma "lua de mel" com o eleitorado no início dos mandatos. Mas poucas pessoas esperavam que o soturno chefe das finanças fosse recebido com muito entusiasmo pelo público. De fato, a subida de Brown ao poder era vista mais como um estímulo para o mais jovem e dinâmico David Cameron, líder do Partido Conservador.
Até agora, Brown teve a habilidade de reverter essas expectativas ao acenar com planos para imprimir uma nova direção na política interna e na externa e deixar sua marca como primeiro-ministro. Uma pesquisa do instituto Ipsos-Mori, divulgada no domingo, mostrou os trabalhistas com o apoio de 39% dos eleitores para o próximo sufrágio, com os conservadores obtendo 36% das intenções de voto.
Muito observada mais de perto pelos eleitores será a atitude de Brown em relação ao Iraque, de onde as tropas britânicas estão sendo retiradas rapidamente em 2007 e cujos remanescentes estão estacionados na cidade de Basra. Blair deixa ao seu sucessor a opção de trazer de volta para casa os 5,500 soldados até 2008 - uma oportunidade que deverá ser agarrada por um líder que deverá enfrentar eleições antes de junho de 2010.
"Suas mãos, embora não totalmente limpas, não estão sujas," disse Alasdair Murray, diretor do instituto CentreForum, de pensamento liberal. Brown pode chamar o Iraque de "uma guerra de Blair" e se apresentar de maneira diferente. Brown poderá abrir uma futura investigação sobre o Iraque, a mídia britânica tem informado. A Grã-Bretanha precisa "admitir onde foi que errou," Brown disse recentemente, referindo-se à guerra. Como Blair, Brown tentará manter a Grã-Bretanha no coração dos esforços para a paz no Oriente Médio, com o foco na reconstrução da economia da Cisjordânia e de Gaza, dizem funcionários britânicos.
Mas permanecem dúvidas sobre a política externa de Brown. "Ninguém em Washington realmente sabe o que mudará, porque ele (Brown) tem sido muito discreto e quieto sobre as relações internacionais," disse Daniel Benjamin, analista político sênior no Brookins Institution, em Washington. Na Europa, contatos têm sido feitos com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o novo presidente da França, Nicholas Sarkozy, mas existem tensões entre a Grã-Bretanha e os países do continente que podem emergir.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/219625/visualizar/
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