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Prédio onde grua está montada abrigará escritórios
O prédio onde foi montada a grua que caiu causando a morte de quatro operários na tarde desta segunda-feira, na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo, deverá abrigar salas de escritório de alto padrão. Outra parte do terreno receberá um shopping center de luxo até o final de 2009. O shopping deverá ter 30 mil metros quadrados e ficará ao lado da megaloja de luxo Daslu.
No acidente morreram os operários Joselito de Oliveira, 42, Félix Antonio dos Santos, 28, Francisco Alexandre de Oliveira, 28, José da Silva, 24. Um quinto funcionário, Severino Alves, sofreu cortes nas mãos e foi para encaminhado para o Hospital das Clínicas. Segundo a WTorre, a responsável pela grua é a empresa Grumont Equipamentos, que dará suporte às famílias.
A empresa W Torre afirmou, em nota, ter recentemente adquirido o imóvel e iniciou os serviços de construção a partir de 2 de abril deste ano. Ainda segundo a empresa, ela mantém cerca de 240 pessoas trabalhando no canteiro das obras, das quais 50 próprias. O prédio será destinado a escritórios corporativos.
A construção do shopping ainda não teve início segundo informou nesta segunda-feira a Iesc (Iguatemi Empresa de Shopping Centers), parceira da W/Torre no centro de compras. "As obras do novo shopping que será construído em sociedade com a W/Torre, no bairro Vila Olímpia e localizado entre as avenidas Presidente Juscelino Kubitschek e Nações Unidas, não tiveram início até a presente data [nesta segunda]", informa a nota. O Iesc é de propriedade da família Jereissati, parentes do senador Tasso Jereissati (PSDB).
O prédio que a W Torre pretende transformar em escritórios corporativos deveria ser a sede da Eletropaulo. A construção da estrutura teve início em 1991, durante o governo de Luiz Antonio Fleury Filho. Um dos símbolos de superfaturamento e corrupção, a obra gastou o dobro do previsto inicialmente US$ 195 milhões (o dobro do orçamento previsto) até 1994, quando a construção foi interrompida. As sindicâncias a respeito das obras só foram feitas a partir do governo Mário Covas. A Eletropaulo acabou por demitir seis funcionários. O caso foi alvo de investigação do
Grua
Em nota, a W Torre afirma que a empresa responsável pela grua, a Grumont, tem cerca de 17 anos de experiência. A empresa conta com mais de 70 gruas deste tipo e nunca havia registrado acidentes fatais e o equipamento que estava sendo montado era novo, segundo a nota.
Ainda segundo a empresa, a parte danificada do equipamento será desmontada após os trabalhos de perícia técnica -- que devem apontar as causas do acidente.
Resgate
Segundo Max Mena, do 4º Grupamento de Bombeiros (zona sul), que comandou a operação, assim que o equipamento rompeu, dois homens caíram direto no chão e morreram. Eles caíram de uma altura de 45 metros (perto do 12º andar do edifício). Outro, que estava a 30 metros de altura, teve seu corpo esmagado com a queda das hastes e ficou preso entre as ferragens. Outros dois ficaram pendurados pelas cordas de segurança presas ao lado direito da haste da grua e foram resgatados pelos bombeiros por cordas --numa espécie de rapel.
Alves ficou vivo e outra vítima --não identificada-- sofreu uma parada cardíaca. Ele chegou a ser encaminhado pelo helicóptero Águia até o Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. É devido a isso que inicialmente a informação divulgada pela assessoria de imprensa era de três e não quatro mortos.
O flanelinha Maurício da Silva Freitas, 28, estava do outro lado da avenida Juscelino Kubitschek e presenciou o acidente. Ele afirmou que os homens estavam levantando sacos de cimento pela grua e barras de ferro, quando o equipamento teria cedido e quebrado. Abalado por ter presenciado "o maior acidente que já viu na sua vida", ele disse que, na queda dos dois corpos, foi erguida uma grande nuvem de areia e afirmou ter ouvido barulho de ferro retorcido.
No acidente morreram os operários Joselito de Oliveira, 42, Félix Antonio dos Santos, 28, Francisco Alexandre de Oliveira, 28, José da Silva, 24. Um quinto funcionário, Severino Alves, sofreu cortes nas mãos e foi para encaminhado para o Hospital das Clínicas. Segundo a WTorre, a responsável pela grua é a empresa Grumont Equipamentos, que dará suporte às famílias.
A empresa W Torre afirmou, em nota, ter recentemente adquirido o imóvel e iniciou os serviços de construção a partir de 2 de abril deste ano. Ainda segundo a empresa, ela mantém cerca de 240 pessoas trabalhando no canteiro das obras, das quais 50 próprias. O prédio será destinado a escritórios corporativos.
A construção do shopping ainda não teve início segundo informou nesta segunda-feira a Iesc (Iguatemi Empresa de Shopping Centers), parceira da W/Torre no centro de compras. "As obras do novo shopping que será construído em sociedade com a W/Torre, no bairro Vila Olímpia e localizado entre as avenidas Presidente Juscelino Kubitschek e Nações Unidas, não tiveram início até a presente data [nesta segunda]", informa a nota. O Iesc é de propriedade da família Jereissati, parentes do senador Tasso Jereissati (PSDB).
O prédio que a W Torre pretende transformar em escritórios corporativos deveria ser a sede da Eletropaulo. A construção da estrutura teve início em 1991, durante o governo de Luiz Antonio Fleury Filho. Um dos símbolos de superfaturamento e corrupção, a obra gastou o dobro do previsto inicialmente US$ 195 milhões (o dobro do orçamento previsto) até 1994, quando a construção foi interrompida. As sindicâncias a respeito das obras só foram feitas a partir do governo Mário Covas. A Eletropaulo acabou por demitir seis funcionários. O caso foi alvo de investigação do
Grua
Em nota, a W Torre afirma que a empresa responsável pela grua, a Grumont, tem cerca de 17 anos de experiência. A empresa conta com mais de 70 gruas deste tipo e nunca havia registrado acidentes fatais e o equipamento que estava sendo montado era novo, segundo a nota.
Ainda segundo a empresa, a parte danificada do equipamento será desmontada após os trabalhos de perícia técnica -- que devem apontar as causas do acidente.
Resgate
Segundo Max Mena, do 4º Grupamento de Bombeiros (zona sul), que comandou a operação, assim que o equipamento rompeu, dois homens caíram direto no chão e morreram. Eles caíram de uma altura de 45 metros (perto do 12º andar do edifício). Outro, que estava a 30 metros de altura, teve seu corpo esmagado com a queda das hastes e ficou preso entre as ferragens. Outros dois ficaram pendurados pelas cordas de segurança presas ao lado direito da haste da grua e foram resgatados pelos bombeiros por cordas --numa espécie de rapel.
Alves ficou vivo e outra vítima --não identificada-- sofreu uma parada cardíaca. Ele chegou a ser encaminhado pelo helicóptero Águia até o Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. É devido a isso que inicialmente a informação divulgada pela assessoria de imprensa era de três e não quatro mortos.
O flanelinha Maurício da Silva Freitas, 28, estava do outro lado da avenida Juscelino Kubitschek e presenciou o acidente. Ele afirmou que os homens estavam levantando sacos de cimento pela grua e barras de ferro, quando o equipamento teria cedido e quebrado. Abalado por ter presenciado "o maior acidente que já viu na sua vida", ele disse que, na queda dos dois corpos, foi erguida uma grande nuvem de areia e afirmou ter ouvido barulho de ferro retorcido.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/219833/visualizar/
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