Dólar fecha em alta cotado a R$ 1,95
"O dólar está realmente atrelado à bolsa (de NY)", disse Vanderlei Arruda, gerente de câmbio da corretora Souza Barros. "Em relação ao mercado local, nada veio com grande impacto na agenda do dia... (Na realidade), dentro daquilo que estava sendo esperado, o mercado ficaria realmente no compasso do que acontece lá fora", acrescentou.
Em Wall Street, as ações caíam durante a tarde, em meio a preocupações com o setor de crédito imobiliário de risco e com a desaceleração da queda do petróleo.
Mais cedo, no entanto, os principais índices norte-americanos chegaram a operar em terreno positivo, em reação à queda no rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano após a divulgação de dados sobre a venda de moradias usadas. Isso levou o dólar a uma queda de 0,62 por cento, para a mínima do dia.
Em relatório, a corretora NGO ponderou que "os agentes têm o cenário americano para observar, mas também 'há razões pontuais' (no Brasil) para que ocorram ajustes no mercado de câmbio".
Segundo a corretora, a adaptação das tesourarias às medidas do Banco Central que terão efeito a partir da próxima segunda-feira, como o aumento de requerimento de capital incidente sobre a exposição cambial, teve alguma influência sobre os negócios dos últimos dias.
A autoridade monetária voltou a realizar o leilão de compra de dólares no mercado à vista, anunciado enquanto a moeda norte-americana operava na menor cotação do dia. O BC definiu taxa de corte em 1,933 real e aceitou, segundo operadores, entre quatro e oito propostas.
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