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Economia
Segunda - 25 de Junho de 2007 às 12:33

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O crescimento da economia dos países da América Latina ficará perto de 5% este ano, de acordo com as estimativas do economista-chefe do Bird (Banco Mundial) para a região, Guillermo Perry. O valor é 0,5 ponto percentual acima da última previsão oficial da instituição.

Perry disse que as últimas análises do Bird indicam um crescimento "mais perto de 5%", frente aos 4,5% calculados pelo organismo internacional em dezembro. O aumento é previsto em um contexto no qual os países da região enfrentam "poucos riscos".

O economista acredita na "solidez" do crescimento, pelo menos nos próximos três anos, tanto pelo fato de o cenário externo continuar favorável como pelas melhoras internas que os países realizaram em matéria econômica.

Ainda segundo ele, a América Latina continuará se beneficiando dos altos preços das matérias-primas, principais produtos exportados pelos países da região.

Em boa medida, isto se deve a uma questão que, segundo Perry, já é "estrutural: o maior peso de economias asiáticas como China e Índia e seu grande crescimento, que as transforma em grandes compradores de matérias-primas".

O economista-chefe do Banco Mundial ressaltou ainda que a economia mundial "continuará crescendo bem", pois, apesar da rápida desaceleração americana, o crescimento da Europa, do Japão e das economias asiáticas emergentes continua sendo muito forte.

Problemas como os desequilíbrios entre as balanças por conta corrente de alguns países começaram a "se corrigir um pouco", principalmente no caso do déficit americano, afirmou Perry.

Ele acrescentou que os próximos três anos "serão bons, influenciados também pela alta liquidez internacional".

O economista lembrou que muitos países latino-americanos fizeram "grandes esforços" para melhorar seus setores financeiros, mais regulados e capitalizados, o que ajuda a atrair investimentos internacionais.

Estas nações também melhoraram suas posições fiscais, deixando para trás os altos déficits e obtendo superávit graças à melhora de suas exportações.

Tudo isso, ligado a sistemas cambiais "muito mais flexíveis" e uma dívida pública mais controlada, faz com que a posição dos países latino-americanos seja "muito mais sólida" que há alguns anos, acrescentou Perry.





Fonte: EFE

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