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ONU não é mais vista como neutra, segundo ex-secretário-geral adjunto
A ONU não é mais percebida como neutra em muitos países, mas como uma organização que serve aos interesses ocidentais, segundo o jornalista inglês Mark Malloch-Brown, ex-secretário-geral adjunto da organização.
Em discurso que será feito esta noite em Londres e antecipado pelo jornal "The Independent", Malloch-Brown afirma que a guerra no Iraque despedaçou a causa das intervenções humanitárias propostas pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
O intervencionismo humanitário - ou seja, o recurso à força militar para evitar genocídios ou impor a democracia - levou ao bombardeio da Otan contra a Sérvia, à intervenção militar britânica em Serra Leoa e serviu também para buscar apoio internacional à invasão do Afeganistão.
No entanto, segundo o inglês, o presidente do Sudão, general Omar al-Bashir, utilizou a guerra no Iraque como pretexto para não aceitar a presença dos capacetes azuis da ONU em Darfur.
Bashir fez dos dois principais arquitetos da invasão ao Iraque (Blair e o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush) "sua melhor arma" contra uma intervenção da ONU, explica o ex-adjunto de Kofi Annan.
"O Iraque é a causa imediata de tudo isso. E o 11 de setembro o pivô imediato, embora ambos sejam a culminação de um processo que fez desviar o trabalho humanitário do que deveria ser seu caminho: a ajuda neutra aos necessitados", argumenta.
Malloch-Brown diz que quem se dedica a trabalhos humanitários encontra problemas não só em Darfur mas também na Colômbia ou na Faixa de Gaza, onde o apoio ocidental ao Fatah e o bloqueio político econômico ao Hamas são mais manifestações mais dessa falta de neutralidade.
Em discurso que será feito esta noite em Londres e antecipado pelo jornal "The Independent", Malloch-Brown afirma que a guerra no Iraque despedaçou a causa das intervenções humanitárias propostas pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
O intervencionismo humanitário - ou seja, o recurso à força militar para evitar genocídios ou impor a democracia - levou ao bombardeio da Otan contra a Sérvia, à intervenção militar britânica em Serra Leoa e serviu também para buscar apoio internacional à invasão do Afeganistão.
No entanto, segundo o inglês, o presidente do Sudão, general Omar al-Bashir, utilizou a guerra no Iraque como pretexto para não aceitar a presença dos capacetes azuis da ONU em Darfur.
Bashir fez dos dois principais arquitetos da invasão ao Iraque (Blair e o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush) "sua melhor arma" contra uma intervenção da ONU, explica o ex-adjunto de Kofi Annan.
"O Iraque é a causa imediata de tudo isso. E o 11 de setembro o pivô imediato, embora ambos sejam a culminação de um processo que fez desviar o trabalho humanitário do que deveria ser seu caminho: a ajuda neutra aos necessitados", argumenta.
Malloch-Brown diz que quem se dedica a trabalhos humanitários encontra problemas não só em Darfur mas também na Colômbia ou na Faixa de Gaza, onde o apoio ocidental ao Fatah e o bloqueio político econômico ao Hamas são mais manifestações mais dessa falta de neutralidade.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/219985/visualizar/
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