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Sibá deve anunciar relator do caso Renan nesta segunda-feira
O presidente do Conselho de Ética do Senado, Sibá Machado (PT-AC), deve anunciar amanhã o nome do relator para o processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Sibá ficou de procurar até este domingo (24) um relator para o caso após a renúncia do senador Wellington Salgado (PMDB-MG) da relatoria, na quarta-feira passada (20).
Salgado ficou menos de 24 horas na relatoria. Assumiu o lugar do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que na segunda-feira (18) pediu afastamento do cargo por dez dias alegando problemas de saúde.
No meio da semana, Sibá admitiu que enfrentava dificuldade para encontrar um relator substituto para o processo. "Não há nenhuma medida protelatória. O conselho tem tido dificuldade com essa relatoria", afirmou ele na quinta-feira (21).
Renan é acusado de usar o lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, para pagar o aluguel e a pensão de Mônica, com quem tem uma filha fora do casamento.
Para comprovar que seus ganhos eram compatíveis com os pagamentos, Renan apresentou documentos que apontam para um ganho de R$ 1,9 milhão, nos últimos quatro anos, com a venda de gado.
Reportagem do "Jornal Nacional", da semana passada, lançou suspeita sobre esse ganho. A reportagem contestou autenticidade das notas fiscais de venda de gado apresentadas pela defesa de Renan.
O Conselho de Ética pediu para a Polícia Federal periciar a autenticidade dos documentos apresentados por Renan.
A perícia verificou que Renan entregou notas fiscais com indícios de fraude, além de documentos que apresentam, entre si, uma "diferença" de 511 cabeças de gado na venda declarada, cerca de R$ 600 mil, quase um terço do que ele afirma ter ganho com atividades agropecuárias desde 2003.
Amor demais
Pivô da crise que atinge Renan, Mônica disse em entrevista para a Folha que amou muito Renan.
Ela afirmou que o relacionamento com Renan não começou escondido até porque ele teria dito no início que "estava separado".
Mônica não quis se manifestar sobre a situação de Renan --que enfrenta um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado. "Essa é uma questão que cabe aos pares dele decidirem."
Leia a entrevista completa dada por Mônica Veloso na edição da Folha deste domingo.
Soluções
Sibá não descarta nomear uma comissão de três senadores para a relatoria. A estratégia evitaria um desgaste para apenas um senador, que poderia tomar decisões colegiadas.
"Tenho duas opções: um único relator ou uma comissão de três relatores. Se não escolhermos hoje, vamos fazer isso na sexta-feira, sábado ou domingo", afirmou.
A secretaria-geral da Mesa do Senado, no entanto, alega que a subcomissão de três senadores não pode ser instalada com o processo já em andamento. Sibá teria essa alternativa no início da tramitação do processo, mas não mais agora.
Além disso, o senador teria que designar de qualquer maneira um relator oficial entre os três que ocupariam o cargo no entendimento da Mesa Diretora do Senado.
O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), disse que em "último caso" ele poderia vir a assumir a relatoria.
Sibá ressaltou, no entanto, que como Raupp é suplente da comissão deverá se tornar titular para ocupar o posto.
Suplicy
O presidente do Conselho de Ética disse que a relatoria deve ser entregue ao partido que tem a maior bancada no Senado --que é o PMDB, partido de Renan.
Em meio à dificuldade de encontrar um relator dentro do PMDB, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) se colocou à disposição do Conselho de Ética para assumir a função.
Salgado ficou menos de 24 horas na relatoria. Assumiu o lugar do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que na segunda-feira (18) pediu afastamento do cargo por dez dias alegando problemas de saúde.
No meio da semana, Sibá admitiu que enfrentava dificuldade para encontrar um relator substituto para o processo. "Não há nenhuma medida protelatória. O conselho tem tido dificuldade com essa relatoria", afirmou ele na quinta-feira (21).
Renan é acusado de usar o lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, para pagar o aluguel e a pensão de Mônica, com quem tem uma filha fora do casamento.
Para comprovar que seus ganhos eram compatíveis com os pagamentos, Renan apresentou documentos que apontam para um ganho de R$ 1,9 milhão, nos últimos quatro anos, com a venda de gado.
Reportagem do "Jornal Nacional", da semana passada, lançou suspeita sobre esse ganho. A reportagem contestou autenticidade das notas fiscais de venda de gado apresentadas pela defesa de Renan.
O Conselho de Ética pediu para a Polícia Federal periciar a autenticidade dos documentos apresentados por Renan.
A perícia verificou que Renan entregou notas fiscais com indícios de fraude, além de documentos que apresentam, entre si, uma "diferença" de 511 cabeças de gado na venda declarada, cerca de R$ 600 mil, quase um terço do que ele afirma ter ganho com atividades agropecuárias desde 2003.
Amor demais
Pivô da crise que atinge Renan, Mônica disse em entrevista para a Folha que amou muito Renan.
Ela afirmou que o relacionamento com Renan não começou escondido até porque ele teria dito no início que "estava separado".
Mônica não quis se manifestar sobre a situação de Renan --que enfrenta um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado. "Essa é uma questão que cabe aos pares dele decidirem."
Leia a entrevista completa dada por Mônica Veloso na edição da Folha deste domingo.
Soluções
Sibá não descarta nomear uma comissão de três senadores para a relatoria. A estratégia evitaria um desgaste para apenas um senador, que poderia tomar decisões colegiadas.
"Tenho duas opções: um único relator ou uma comissão de três relatores. Se não escolhermos hoje, vamos fazer isso na sexta-feira, sábado ou domingo", afirmou.
A secretaria-geral da Mesa do Senado, no entanto, alega que a subcomissão de três senadores não pode ser instalada com o processo já em andamento. Sibá teria essa alternativa no início da tramitação do processo, mas não mais agora.
Além disso, o senador teria que designar de qualquer maneira um relator oficial entre os três que ocupariam o cargo no entendimento da Mesa Diretora do Senado.
O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), disse que em "último caso" ele poderia vir a assumir a relatoria.
Sibá ressaltou, no entanto, que como Raupp é suplente da comissão deverá se tornar titular para ocupar o posto.
Suplicy
O presidente do Conselho de Ética disse que a relatoria deve ser entregue ao partido que tem a maior bancada no Senado --que é o PMDB, partido de Renan.
Em meio à dificuldade de encontrar um relator dentro do PMDB, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) se colocou à disposição do Conselho de Ética para assumir a função.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/220022/visualizar/
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