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Brasileiros aumentam gasto com serviços públicos
O padrão de vida médio das famílias brasileiras melhorou desde 1987, mas no mesmo período houve aumento de gastos com serviços públicos. A conclusão é do estudo Gasto e Consumo das Famílias Brasileiras Contemporâneas, realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e divulgado nesta semana.
Para o trabalho, 41 pesquisadores de universidades federais, que compararam dados coletados na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) realizado entre 1987 e 2003 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 11 regiões metropolitanas do país.
"Do ponto de vista dos serviços públicos houve uma piora do bem estar do brasileiro", avaliou a economista Tatiane Menezes, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e uma das pesquisadoras da obra.
Segundo a economista, as despesas com transporte e educação aumentaram, mas os gastos com saúde caíram. "O padrão de vida dos brasileiros melhorou, mas o fato de os gastos com serviços públicos serem muito altos reflete que a oferta desses serviços por parte do setor público ainda é deficitária. Gostaríamos que os gastos com os serviços públicos no Brasil tivessem caído, porque isso significa que eu estou tirando meu filho de uma escola particular e botando na escola pública", disse.
Entre as classes mais pobres, maiores dependentes do serviço público, a situação não se alterou muito no período, lembrou a pesquisa. "Em compensação, elas passaram a gastar mais recursos em outras coisas, como bens-duráveis, geladeira, televisão e cultura nunca a população pobre consumiu tanto CDs, mesmo que sejam piratas", acrescentou.
As despesas com transportes diminuíram de 13,08% no biênio 1987/88 para 12,07% em 1995/96, mas voltaram a subir para 13,12% em 2002/03. De acordo com a pesquisa, o ônibus vem perdendo espaço para meios de transportes alternativos como lotações e, em algumas regiões do país, mototáxis , por causa do aumento das tarifas. A população de menor renda também tem utilizado bicicletas.
O estudo em dois volumes, disponíveis em livrarias e também no endereço eletrônico ipea.gov.br, constatou que os gastos médios com saúde em cada família subiram de 6,29% em 1987/88 para 8% em 1995/96, mas caíram para 6,91% em 2002/03.
"Essa redução nos gastos com saúde explica uma maior confiança no Sistema Único de Saúde", disse a pesquisadora, para quem isso indicaria que parte dos brasileiros, especialmente os mais pobres, "migrou dos planos de saúde privados para o SUS".
Para o trabalho, 41 pesquisadores de universidades federais, que compararam dados coletados na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) realizado entre 1987 e 2003 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 11 regiões metropolitanas do país.
"Do ponto de vista dos serviços públicos houve uma piora do bem estar do brasileiro", avaliou a economista Tatiane Menezes, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e uma das pesquisadoras da obra.
Segundo a economista, as despesas com transporte e educação aumentaram, mas os gastos com saúde caíram. "O padrão de vida dos brasileiros melhorou, mas o fato de os gastos com serviços públicos serem muito altos reflete que a oferta desses serviços por parte do setor público ainda é deficitária. Gostaríamos que os gastos com os serviços públicos no Brasil tivessem caído, porque isso significa que eu estou tirando meu filho de uma escola particular e botando na escola pública", disse.
Entre as classes mais pobres, maiores dependentes do serviço público, a situação não se alterou muito no período, lembrou a pesquisa. "Em compensação, elas passaram a gastar mais recursos em outras coisas, como bens-duráveis, geladeira, televisão e cultura nunca a população pobre consumiu tanto CDs, mesmo que sejam piratas", acrescentou.
As despesas com transportes diminuíram de 13,08% no biênio 1987/88 para 12,07% em 1995/96, mas voltaram a subir para 13,12% em 2002/03. De acordo com a pesquisa, o ônibus vem perdendo espaço para meios de transportes alternativos como lotações e, em algumas regiões do país, mototáxis , por causa do aumento das tarifas. A população de menor renda também tem utilizado bicicletas.
O estudo em dois volumes, disponíveis em livrarias e também no endereço eletrônico ipea.gov.br, constatou que os gastos médios com saúde em cada família subiram de 6,29% em 1987/88 para 8% em 1995/96, mas caíram para 6,91% em 2002/03.
"Essa redução nos gastos com saúde explica uma maior confiança no Sistema Único de Saúde", disse a pesquisadora, para quem isso indicaria que parte dos brasileiros, especialmente os mais pobres, "migrou dos planos de saúde privados para o SUS".
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/220042/visualizar/
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