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Nacional
Domingo - 24 de Junho de 2007 às 11:54

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SÃO PAULO - Os aeroportos de todo o País operavam com normalidade na manhã deste domingo, 24. Segundo a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), os atrasos caíram significativamente. Da zero hora até as 9 horas deste domingo, 7,1% do total de vôos apresentaram atrasos. Dos 320 vôos programados, 23 registraram atrasos superiores a uma hora e 28 (8,7%) foram cancelados.

O Aeroporto de Curitiba apresentou o maior porcentual de vôos prejudicados por atrasos, com 23% partidas decolando com mais de uma hora de atraso. Dos 13 vôos programados até as 9 horas, três apresentaram atrasos e cinco foram cancelados. O Aeroporto de Fortaleza também registrou atrasos em três vôos, dos 20 programados para o período, mas não houve nenhum cancelamento.

O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, teve dois vôos atrasados, entre os 16 programados para o período. Os aeroportos de Galeão, no Rio de Janeiro, Cumbica, em São Paulo, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e Salvador, na Bahia, também apresentaram atrasos em apenas um ou dois vôos.

No aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, não houve nenhum atraso superior a uma hora entre zero hora e 9 horas deste domingo.

Linha-dura

No sábado, primeiro dia do plano de emergência da Força Aérea Brasileira (FAB) contra o caos nos aeroportos, o índice de atrasos nos vôos do País caiu para 22% entre meia-noite e 18 horas - na sexta-feira, o índice tinha chegado a 35%.

O centro de monitoramento de vôos de Brasília (Cindacta-1) ganhou o reforço de controladores de outros Estados, para compensar o afastamento de 14 sargentos por indisciplina, anunciado na sexta - eles só ficaram liberados para voltar para casa às 16h30 de sábado.

Segundo boletim divulgado à noite pela FAB, desde as 15 horas não havia mais restrições (retenções) aos vôos no País. Com isso, o índice de atrasos caiu para 3,8% entre 18 e 20 horas. Nesse horário, só 1,7% do vôos estavam atrasados no Aeroporto de Cumbica, principal foco dos problemas de sexta.

O Estado apurou que os chefes do Cindacta-1 reuniram a equipe pela manhã e pediram o "empenho" de todos nos próximos dias, numa "operação de guerra". "Tem de fazer funcionar o sistema de qualquer jeito", afirmaram os oficiais, segundo testemunhas - para elas, o apelo foi uma alusão à modificação das escalas de trabalho, um dos nove itens do plano anunciado na sexta pelo comandante da FAB, Juniti Saito.

Controladores denunciaram que a FAB desrespeitou a legislação, porque pelo menos dois colegas do turno das 22 às 7 horas tiveram de ficar no Cindacta-1 até o meio-dia, fazendo jornada dupla. Para os sargentos, isso "coloca em risco a segurança do tráfego aéreo". A informação foi contestada pela Aeronáutica, que assegurou que em nenhum momento a segurança será afetada. A FAB divulgou nota afirmando que os sargentos estão "cumprindo suas funções com eficiência" e elogiou o profissionalismo da equipe do Cindacta-1.

Transferência

No sábado, começaram a trabalhar no centro controladores militares de Estados como Mato Grosso e Goiás, transferidos em caráter de emergência para Brasília. E 14 sargentos da Defesa Aérea de Curitiba acompanharam as operações, num treinamento para assumir os consoles (terminais) do Cindacta-1.

O presidente da Infraero, José Carlos Pereira, elogiou o plano de emergência e disse que a FAB atacou a raiz da crise: os controladores rebeldes. "Quem estava criando problema parou de criar." Ele disse ainda que as companhias aéreas estão se desdobrando para eliminar atrasos. "Estão correndo atrás do prejuízo."




Fonte: Agência Estado

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