Rapto de crianças dobra na Guatemala

O número de rapto de crianças teve um aumento de 100% no decorrer deste ano na comparação com 2006, segundo denúncia da Procuradoria de Direitos Humanos (PDH) da Guatemala.

"Durante 2006, foram registrados 50 casos mensais de rapto de menores, mas neste ano, já foram registrados até 100 denúncias por mês", afirmou a procuradora da PDH, Nidia Aguilar Del Cid.

No último dia 15, moradores de Camotán, na região leste do país, localizaram o cadáver de uma criança de oito anos, que havia desaparecido na véspera e de quem supostamente foram extraídos vários órgãos, entre eles o coração e os rins. Por causa dessa tragédia, populares lincharam uma mulher e quase mataram outras duas, sendo que uma permanece hospitalizada em estado grave, com queimaduras em diferentes partes do corpo.

De acordo com a Procuradoria, a maioria das crianças raptadas é entregue para adoção, mas a instituição não descarta que alguns sejam vítimas de exploração sexual ou mesmo de ritos satânicos.

Entre quarta e quinta-feira foram reportados outros dois casos de rapto, na capital e no interior. Em um dos casos, duas mulheres foram surpreendidas por policiais com bebês nos braços e não tinham documentos de identificação.

O chefe da Divisão de Investigações Criminais, da Polícia Civil, Alexander Thomas, afirma que em todo o país existem quadrilhas de mulheres especializadas em arrebatar crianças recém-nascidas dos braços de mães.