Escuta da Operação Aquarela põe senador sob suspeita
As gravações, todas feitas no dia 13 de março, capturaram diálogos reveladores entre o senador Joaquim Roriz e Tarcísio. Numa das conversas, Tarcísio liga para o gabinete do senador Roriz. Conforme a gravação, exibida pela revista Época, Tarcisio diz: "Alô, oi senador. Posso sugerir um negócio?". Roriz: "Pode". Tarcísio: "Por que a gente não leva lá para o escritório do Nenê?". Roriz: "É pra isso mesmo" Tarcísio: "E de lá sai cada um com o seu". Roriz: "Ah, então tá ótimo. Nós pensamos a mesma coisa".
Noutra conversa, Tarcísio fala para um homem não identificado que está combinando com Roriz de encontrar-se "no escritório do Nenê Constantino" (presidente do Conselho de Administração da Gol e dono de empresas de ônibus de Brasília). Tarcísio também menciona que o que eles têm que pegar não cabe em um carro.
Cheque
No mesmo dia, relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, revela uma movimentação referente a um cheque em nome de uma empresa agrícola supostamente para Nenê Constantino. Há um saque no BRB de R$ 2,231 milhões, coberto por um cheque em nome de uma empresa do ramo agropecuário, que seria nominal a Constantino. Procurada, a assessoria de Constantino informou que ele nunca teve conta no BRB nem jamais entregou cheque de R$ 2 milhões a Roriz. O senador Roriz não respondeu.
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