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Após desocupação na USP, reitoria é protegida por seguranças
Após todos os estudantes e funcionários desocuparem a reitoria da Universidade de São Paulo (USP), invadida desde o dia 3 de maio, a administração da entidade começou a fazer uma vistoria no local e colocou pelo menos três seguranças na entrada do prédio.
Os servidores e alunos deixaram o local empunhando o documento assinado pela reitora, Suely Vilela, que aceitou algumas reivindicações dos manifestantes.
Segundo o chefe de gabinete da reitoria, Alberto Carlos Amadio, as atividades no local devem voltar à normalidade na segunda-feira (25). Amadio, assim como os alunos, também não permitiu a entrada da imprensa no prédio. Ele disse que o local ficará protegido por seguranças durante todo o final de semana.
Manifestantes carregam faixa (Reprodução: TV Globo)Em nota enviada à imprensa, a reitoria comunicou a desocupação e ressaltou a saída pacífica dos estudantes. "A universidade, apesar das dificuldades encontradas, conseguiu superar os entraves por meio do diálogo", diz o comunicado.
Os alunos começaram a deixar o prédio invadido por volta das 18h desta sexta-feira (22). Alguns estavam com o rosto pintado e outros com nariz de palhaço. Eles saíram do prédio gritando "limpeza, limpeza" e jogaram água na imprensa. O momento da saída foi ao som da música "Pra não dizer que não falei de flores", de Geraldo Vandré, símbolo da luta contra a Ditadura Militar no Brasil.
O clima no local foi de euforia. Os estudantes carregaram uma faixa com a frase "Desocupamos a reitoria para ocupar a USP" e uma bandeira do estado de São Paulo com a palavra "livre". Há outra faixa que diz "Mãe, estamos bem".
A imprensa tentou entrar no prédio, mas foi impedida pelos alunos. Houve empurra-empurra e troca de ofensas.
Negociação
Os alunos decidiram pela a saída do prédio em assembléia realizada na noite desta quinta-feira (21). No entanto, aguardavam a decisão dos funcionários da universidade que também integravam a ocupação.
Numa assembléia na tarde dessa sexta em frente à reitoria, os funcionários apoiaram a resolução dos estudantes e também decidiram suspender a greve, que haviam iniciado no dia 16 de maio. Contou na decisão dos funcionários, o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) ter recebido às 13h dessa sexta um termo de compromisso da reitora da instituição, Suely Vilela.
Os professores István Jancsó, do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), Luiz Martins, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e João Adolfo Hansen, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), intermediaram as negociações entre reitoria, alunos e funcionários.
O documento entregue aos alunos foi formulado a partir da carta de reivindicações enviada por eles. A previsão era que a desocupação acontecesse até as 17h de sexta. Veja o termo de compromisso aqui.
Um outro documento foi entregue aos funcionários na tarde dessa sexta. A proposta entregue ao Sintusp tem como pontos principais a não-punição aos grevistas e a formação de uma comissão que deverá negociar outros avanços nas reivindicações.
Segundo o professor Istvan Jancso, do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), os docentes trabalharam voluntariamente durante dois dias na tentativa de reabrir as negociações. De acordo com eles, durante a redação das propostas houve contato direto com representantes dos estudantes e com a reitora. Também participaram da "comissão de facilitadores" os professores Paulo Arantes, Chico de Oliveira e Luis Martins.
Os servidores e alunos deixaram o local empunhando o documento assinado pela reitora, Suely Vilela, que aceitou algumas reivindicações dos manifestantes.
Segundo o chefe de gabinete da reitoria, Alberto Carlos Amadio, as atividades no local devem voltar à normalidade na segunda-feira (25). Amadio, assim como os alunos, também não permitiu a entrada da imprensa no prédio. Ele disse que o local ficará protegido por seguranças durante todo o final de semana.
Manifestantes carregam faixa (Reprodução: TV Globo)Em nota enviada à imprensa, a reitoria comunicou a desocupação e ressaltou a saída pacífica dos estudantes. "A universidade, apesar das dificuldades encontradas, conseguiu superar os entraves por meio do diálogo", diz o comunicado.
Os alunos começaram a deixar o prédio invadido por volta das 18h desta sexta-feira (22). Alguns estavam com o rosto pintado e outros com nariz de palhaço. Eles saíram do prédio gritando "limpeza, limpeza" e jogaram água na imprensa. O momento da saída foi ao som da música "Pra não dizer que não falei de flores", de Geraldo Vandré, símbolo da luta contra a Ditadura Militar no Brasil.
O clima no local foi de euforia. Os estudantes carregaram uma faixa com a frase "Desocupamos a reitoria para ocupar a USP" e uma bandeira do estado de São Paulo com a palavra "livre". Há outra faixa que diz "Mãe, estamos bem".
A imprensa tentou entrar no prédio, mas foi impedida pelos alunos. Houve empurra-empurra e troca de ofensas.
Negociação
Os alunos decidiram pela a saída do prédio em assembléia realizada na noite desta quinta-feira (21). No entanto, aguardavam a decisão dos funcionários da universidade que também integravam a ocupação.
Numa assembléia na tarde dessa sexta em frente à reitoria, os funcionários apoiaram a resolução dos estudantes e também decidiram suspender a greve, que haviam iniciado no dia 16 de maio. Contou na decisão dos funcionários, o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) ter recebido às 13h dessa sexta um termo de compromisso da reitora da instituição, Suely Vilela.
Os professores István Jancsó, do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), Luiz Martins, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e João Adolfo Hansen, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), intermediaram as negociações entre reitoria, alunos e funcionários.
O documento entregue aos alunos foi formulado a partir da carta de reivindicações enviada por eles. A previsão era que a desocupação acontecesse até as 17h de sexta. Veja o termo de compromisso aqui.
Um outro documento foi entregue aos funcionários na tarde dessa sexta. A proposta entregue ao Sintusp tem como pontos principais a não-punição aos grevistas e a formação de uma comissão que deverá negociar outros avanços nas reivindicações.
Segundo o professor Istvan Jancso, do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), os docentes trabalharam voluntariamente durante dois dias na tentativa de reabrir as negociações. De acordo com eles, durante a redação das propostas houve contato direto com representantes dos estudantes e com a reitora. Também participaram da "comissão de facilitadores" os professores Paulo Arantes, Chico de Oliveira e Luis Martins.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/220251/visualizar/
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