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Nacional
Sexta - 22 de Junho de 2007 às 17:55

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ARARAQUARA - O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse nesta sexta-feira, 22, que a declaração dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que não existe um caos aéreo no País "não dá conta do problema". Chinaglia afirmou que Mantega tem "parte da razão" ao afirmar que o caos aéreo decorre do aumento do fluxo de passageiros, que reflete o bom momento da economia brasileira.

"É verdade que houve o aumento no número de passageiros, como também é verdade que empresas aéreas quebraram, como também é público e notório que há uma crise no transporte", disse Chinaglia, em visita a Araraquara, interior de São Paulo.

O deputado afirmou ainda que a CPI do Apagão Aéreo, instalada na Câmara, mostrou que há uma falta de controladores de vôo e admitiu que há uma operação padrão por parte desses profissionais e deixou claro que a questão é salarial. "Eles denunciam que há uma insuficiência técnica, o que não foi confirmado. Pode haver uma solução quando tivermos mais controladores ou quando os atuais conseguirem o que de fato querem, que é o aumento salarial", concluiu Chianglia.

Já o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), presidente da CPI do Apagão Aéreo da Câmara, além de criticar Mantega, reprovou as declarações da ministra do Turismo, Marta Suplicy. Na semana passada, indagada sobre os inúmeros transtornos ocorridos nos aeroportos, a ministra aconselhou aos passageiros que relaxassem e gozassem, "porque, depois, a gente nem se lembra".

Em entrevista concedida à reportagem da Rádio Jovem Pan de São Paulo, o parlamentar falou como os ministros poderiam a minimizar a crise. "Se ficassem calados, os ministros ajudariam no problema da crise no setor aéreo. Como se não bastasse o caos, aparecem ministros a dar declarações que só vêm complicar ainda mais a situação", disse.

"A declaração do ministro Mantega mostra que ele não tem conhecimento do problema. Se eu fosse o presidente Lula, pediria aos ministros para ajudarem a superarem a crise e ficarem calados. Nem todos podem meter a colher no assunto", declarou.

Marcelo Castro informou ainda que a CPI já solicitou uma audiência pública com o ministro da Defesa, o comandante da Aeronáutica e com representantes dos controladores de vôo para negociar uma medida emergencial para a crise aérea.

Para ele, falta "entendimento, gestão e coordenação" por parte do governo, e há uma "radicalização" entre os controladores e o Comando da Aeronáutica. "Estamos preocupados e precisamos de uma solução. É inconcebível o que está acontecendo nos últimos tempos nos aeroportos brasileiros."




Fonte: Estadão

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