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Economia
Sexta - 22 de Junho de 2007 às 16:48
Por: Nathália Ferreira

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Os mercados acionários globais caíram nesta sexta-feira por temores renovados sobre o setor de crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos. Com a Bolsa de Valores de São Paulo não foi diferente.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,71 por cento, aos 54.267 pontos. Na semana, o índice se desvalorizou 0,46 por cento.

O volume financeiro ficou em 3,57 bilhões de reais.

As bolsas de valores dos EUA perderam mais de 1 por cento, ainda sob reflexo do desmonte de posições de bancos de Wall Street em dois hedge funds administrados pelo Bear Sterns, que investiram pesadamente em financiamento imobiliário de risco.

Isso gerou preocupações de que outros bancos de investimento também poderão sofrer grandes perdas com esses empréstimos. As quedas em Wall Street afetaram as bolsas na Europa.

"O mercado aqui está cada dia mais atrelado lá fora, lá teve esses problemas do Bear Sterns, do subprime, e aqui vai absorvendo os problemas (dos EUA)", disse Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da corretora Souza Barros.

"E o mercado aqui está super esticado, então aproveita para dar uma realizada."

Na véspera, o Ibovespa fechou bem perto da máxima histórica de fechamento, de 54.730 pontos, alcançada no dia 18. Neste ano, o índice já registrou 24 fechamentos recordes.

Entre as ações de maior peso no índice, as da Companhia Vale do Rio Doce recuaram 0,61 por cento, para 73,60 reais, enquanto as da Petrobras tiveram variação positiva de 0,02 por cento, encerrando a 51,31 reais.

O destaque de queda ficou para Copel, com recuo de 3,89 por cento, para 32,36 reais.

INTERESSE NA COSAN

Na contramão do mercado, as ações da Cosan saltaram 6,03 por cento, para 36,05 reais. O Wall Street Journal publicou que a Archer Daniels Midland (ADM), maior produtora de etanol dos EUA, tem interesse em comprar o maior grupo sucroalcooleiro nacional.

Marco Gazel, sócio-diretor da M2 Investimentos, destacou que a notícia é positiva e deu impulso para o papel, que vinha de um período de perdas.

"Em alguma hora as pessoas param para fazer conta se a intensidade do movimento de queda fazia sentido... começou a ficar um pouco barato e fez sentido comprar", explicou. "(E o interesse da ADM) é uma boa notícia e fica melhor ainda se pegar todas essas quedas seguidas."





Fonte: Reuters

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