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Nacional
Sexta - 22 de Junho de 2007 às 14:52

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O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, criticou nesta sexta-feira a ação dos controladores de vôos e anunciou uma série de medidas na tentativa de resolver a crise aérea no país. No entanto, admitiu que os transtornos podem continuar por mais algum tempo.

Saito avisou que vão ser afastados os líderes do movimento que atuam no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), reforçadas as equipes, ativadas rotas especiais e aprimoradas as escalas de serviço.

"O momento é de extrema gravidade. Nós últimos três dias, o comportamento repetitivo de alguns controladores do Cindacta-1, especificamente aqueles que atendem o tráfego de São Paulo, trouxe novos e preocupantes problemas para a atividade aérea em nosso país", disse ele durante pronunciamento.

Segundo o comandante da Aeronáutica, as medidas adotadas visam garantir a retomada do funcionamento normal dos aeroportos, tanto que serão criados corredores especiais de tráfego nos trechos mais congestionados, ativadas rotas especiais nas regiões São Paulo, Rio e Nordeste do país.

Haverá ainda o posto militar de controle do tráfego aéreo que cuidará especificamente do Rio, Brasília, Belo Horizonte e São Paulo.

As medidas foram anunciadas depois da reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o comandante da Aeronáutica e o ministro da Defesa, Waldir Pires, no Palácio da Alvorada. Em seu nome e do presidente, Saito pediu a compreensão de todos os passageiros que passam pela crise no país.

"Peço a compreensão, em particular, aos usuários do transporte aéreo no país. Tudo que está sendo feito tem por meta ultrapassar de uma vez por todas a inaceitável situação que vivemos nos últimos nove meses."

Polêmica

O comandante reiterou que a Aeronáutica não aceitará as ações isoladas ou coletivas que contrariam as orientações de manter a normalidade dos aeroportos. O recado é para as lideranças dos controladores aéreos.

Saito condenou, o que chamou de "forma intransigente", as ações de um pequeno grupo de sargentos controladores. "De forma intransigente, um pequeno grupo deste sargentos controladores passou a recusar o trabalho em equipamentos disponibilizados para atividades de controle", disse ele, lembrando ainda que esta ação ocorria sempre em horários de pico, aliada à estratégia de denúncias constantes.

"Este comportamento é inaceitável porque violenta o inalienável direito de ir e vir das pessoas, criando enorme sofrimento aos passageiros e interferindo na ordem da sociedade", reiterou.

Ao destacar as lideranças rebeldes, Saito não informou nomes nem a quantidades de militares que poderão ser detidos em decorrência de supostas ações que contrariam a ordem de comando da Aeronáutica. Mas seriam cerca de 15 nomes.





Fonte: Folha Online

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