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Nacional
Sexta - 22 de Junho de 2007 às 13:21

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RIO - Crianças vestidas com uniformes escolares se aglomeravam em um dos acessos ao Morro da Fé, no Complexo da Penha, na Penha, subúrbio do Rio, na manhã desta sexta-feira. Elas não conseguiam retornar para suas casas após a escola, devido a um tiroteio entre policiais militares e traficantes. Moradores que passavam pela Avenida Vicente de Carvalho, próximo à casa de show Olympo, estavam assustados com o confronto. Não há informações de feridos. Na quinta-feira, criminosos desceram o morro armado e lançaram uma granada contra uma equipe do 16º BPM (Olaria). Apesar da violência, ninguém ficou ferido ( veja fotogaleria ).

Próximo ao Morro da Fé, no Morro da Fazendinha, em Inhaúma, no Complexo do Alemão, um homem foi atingido por uma bala perdida, na madrugada desta sexta. Ivanilson Alves de Souza, de 27 anos, estava saindo para trabalhar, por volta de 4h30m, quando foi ferido por um tiro no pé. Levado para o Hospital Getúlio Vargas, ele foi medicado e liberado. De acordo com a polícia, não houve confrontos no local na madrugada desta sexta-feira nem na noite de quinta.

Em outro ponto do Complexo do Alemão, no Morro da Fé, traficantes jogaram duas granadas de fabricação caseira contra agentes da Força Nacional de Segurança (FNS), nesta sexta, em um dos acessos à favela, na Rua Aristóteles Ferreira. Há aproximadamente 10 dias, soldados da FNS ocupam os acessos ao complexo. Os agentes intensificaram o trabalho de revista nos carros e moradores nos principais acessos ao conjunto de favelas. Já são 50 dias de operação – 23 pessoas morreram e outras 64 ficaram feridas.

Projetos sociais afetados por rotina de tiroteios Projetos sociais e culturais, desenvolvidos por moradores da comunidade do Complexo do Alemão, precisaram mudar de endereço para continuar funcionando, devido aos riscos de tiroteios. Este é o caso do grupo Teatro da Laje, na Vila Cruzeiro. Criado por alunos de uma escola que teve as aulas suspensas, eles agora improvisam para ensaiar.

- Infelizmente tivemos que interromper as atividades. Estamos nos reunindo ao ar livre, no pátio da igreja, nas lajes, nos barracos - conta o coordenador do Grupo Teatro na Laje, Antônio Veríssimo.

A estudante Lilian da Silva Nunes lamenta a rotina de tiroteios:

- É um trabalho tão bonito, tão construtivo dentro da favela. A gente está tirando a Vila Cruzeiro das páginas policiais e colocando nas páginas de cultura. Isso que aconteceu é lamentável.





Fonte: Globo Online

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