Um terço dos temporários é efetivado, diz pesquisa
Os dados constam em uma pesquisa nacional feita pela Fecomercio (Federação do Comércio) e o Sindeprestem (Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão-de-Obra e de Trabalho Temporário) do Estado de São Paulo, que será divulgada hoje.
Um dos diferenciais para conseguir a contratação, segundo Vander Morales, diretor do sindicato, é a motivação dos temporários ao prestar o serviço. Ele ressalta ainda a oportunidade dada aos mais velhos, que poderiam estar excluídos do mercado de trabalho e têm uma oportunidade de emprego.
O setor fatura R$ 13,8 bilhões por ano, com a maior parte concentrada no Sudeste (R$ 8,1 bilhões). Em média, há 766.750 trabalhadores temporários por dia no país, com pico de 967 mil em dezembro por causa das vendas decorrentes das festas de final de ano. A remuneração média é R$ 750.
A pesquisa constatou ainda que as empresas com serviços terceirizáveis, como recrutamento e seleção de pessoal e controle de acesso, portaria e recepção, faturam R$ 26,1 bilhões anualmente e têm 1,45 milhão de funcionários, com remuneração média de R$ 600.
Desses números ficam de fora os serviços de limpeza, telemarketing e vigilância, representados por outros sindicatos.
Entre os fatores apontados pelos empresários que interferem no crescimento desses dois segmentos estão a alta carga tributária (31,6%) e a legislação trabalhista (19%). A falta de cultura das empresas que contratam os serviços foi citada por 12,7% dos entrevistados como um problema.
"Essas empresas que tomam o serviço não podem criar uma segunda categoria [de funcionário]", afirmou, destacando a importância de dar as mesmas condições de trabalho para os dois tipos de empregados.
Nos desafios de médio e longo prazo do setor, os empresários citaram a necessidade de manter os custos competitivos e estar tecnologicamente atualizados, além da preocupação com a qualificação profissional dos funcionários.
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