Denunciados policiais que teriam forjado escutas

A Justiça recebeu denúncia, nesta quinta-feira, do Ministério Público sobre dois policiais civis acusados de forjar provas para grampear o telefone de um conhecido escritório de advogados de São Paulo.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a denúncia faz parte de uma investigação que aponta, segundo os promotores, a banalização e a falta de controle das escutas telefônicas feitas pela polícia com autorização judicial.

No relatório, promotores do Gecep, grupo do Ministério Público que investiga policiais, afirmam que a polícia paulista passou a adotar a "investigação sentada", uma crítica aos grampos como único método de apuração de crimes.

Os policiais denunciados - os investigadores Josival Pereira da Silva e Marcos Roberto Alquatri - trabalham no 69º DP, de Teotônio Vilela, em São Mateus, zona leste. Se a denúncia for aceita e eles forem condenados, podem receber uma pena de dois a quatro anos.

O escritório que teve o telefone grampeado é do advogado Roberto Podval, que atua em casos de repercussão, como a defesa do ex-segurança Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, acusado na Justiça de ser o mandante do assassinato do prefeito Celso Daniel (PT).