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Internacional
Sexta - 22 de Junho de 2007 às 05:49

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As famílias das crianças líbias que foram infectados com o vírus da aids disseram hoje que ainda não chegaram a um acordo com a União Européia sobre as indenizações que reivindicam no processo contra cinco enfermeiras búlgaras e um médico palestino.

Em comunicado divulgado hoje na Líbia, os representantes das famílias disseram que, apesar da promessa da UE de financiar o atendimento médico às crianças, "ainda falta resolver o problema das compensações financeiras".

A Corte Suprema da Líbia estuda o recurso das cinco enfermeiras búlgaras e do médico palestino, que a Justiça condenou à morte depois de considerar culpados de contaminar deliberadamente com a aids mais de 400 crianças no hospital pediátrico de Benghazi.

As enfermeiras Valia Tcherveniachka, Kristiana Valtcheva, Snejana Dimitrova, Nassia Nenova e Valentina Siropoulo e o médico Hayuj Achraf Yumaa, que desde o começo o processo insistem na sua inocência, estão há oito anos na prisão na Líbia, e denunciam ter sido torturados.

A Corte Suprema deve anunciar sua decisão sobre a apelação no dia 11 de julho, A Comissária de Relações Exteriores da UE, Benita Ferrero-Waldner, disse na quinta-feira que continuam os contatos para conseguir um compromisso que permita resolver o caso de forma satisfatória para ambas as partes.

A fundação humanitária dirigida por Seif al-Islam, um dos filhos do líder líbio Muammar Kadafi, deu a entender na quarta-feira que não descartava um acordo, ainda esta semana.

Os parentes das crianças querem que a UE ajude a Líbia a combater a propagação da aids e pedem uma indenização, que oscilaria entre US$ 10 e US$ 15 milhões por família afetada.

A Bulgária e os outros países da União Européia (UE) se opõem ao pagamento de uma indenização, porque reconheceria a culpa das cinco enfermeiras e do médico na contaminação das 438 crianças que estavam hospitalizados em Benghazi, das quais 56 morreram.





Fonte: EFE

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