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União européia inicia o debate para um novo tratado
BRUXELAS - Começou nesta quinta-feira, 21, em Bruxelas, na Bélgica, uma cúpula de dois dias da União Européia para negociação de um acordo sobre reformas institucionais do bloco. Considerado crucial para o futuro da UE, o novo tratado substituiria a fracassada Constituição européia.
A chanceler alemã, Angela Merkel, que ocupa a presidência rotativa da UE, vem liderando os esforços para o chamado Tratado de Reforma. Nesta quinta, Merkel fez um apelo para que os 27 países do bloco cheguem a um acordo. "Muitas pessoas na Europa estão nos observando. Elas esperam que cheguemos a uma conclusão", disse Merkel.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, reuniu-se nesta quinta-feira com os primeiros-ministros da Espanha, José Luis Zapatero, e da Itália, Romano Prodi, para selar o apoio dos três países à proposta alemã.
Os esforços da chanceler alemã, no entanto, esbarram nas duras críticas britânicas e polonesas em relação ao tratado. O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, deixou claro que o Reino Unido não está disposta a flexibilizar sua posição em itens que considera chave, como política externa, leis nacionais, policiamento e Carta de Direitos Fundamentais. "Precisamos que as áreas que estipulamos sejam respeitas por completo", afirmou Blair.
A principal objeção dos britânicos é que a UE se torne um "super-Estado". A chanceler britânica, Margaret Beckett, alertou, na quarta-feira, que o bloco está "em negação" se espera que os países apóiem as provisões da Constituição.
Outro obstáculo para os esforços alemães é a Polônia, que quer maior poder de voto no bloco. O novo sistema de votação proposto cria uma "dupla maioria", que exige para a aprovação de leis e medidas o apoio de pelo menos 55% dos países do bloco. Além disso, é necessário também que esses 55% representem 65% da população da UE. A Polônia se opôs ao sistema porque perderia peso em relação a países mais populosos como a Alemanha.
O primeiro-ministro polonês, Jaroslaw Kaczynski, chegou a afirmar numa entrevista antes da cúpula que seu país teria uma população maior se a Alemanha não tivesse matado 6 milhões de poloneses durante a época do nazismo. Apesar do discurso, o premiê reconheceu na quarta-feira que um acordo é importante para o futuro do bloco.
Tentando evitar um novo fracasso - a Constituição foi rejeitada por franceses e holandeses num referendo em 2005 - , a Alemanha vem fazendo várias concessões aos países do bloco. A tática, no entanto, irritou países que haviam ratificado o antigo acordo.
A chanceler alemã, Angela Merkel, que ocupa a presidência rotativa da UE, vem liderando os esforços para o chamado Tratado de Reforma. Nesta quinta, Merkel fez um apelo para que os 27 países do bloco cheguem a um acordo. "Muitas pessoas na Europa estão nos observando. Elas esperam que cheguemos a uma conclusão", disse Merkel.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, reuniu-se nesta quinta-feira com os primeiros-ministros da Espanha, José Luis Zapatero, e da Itália, Romano Prodi, para selar o apoio dos três países à proposta alemã.
Os esforços da chanceler alemã, no entanto, esbarram nas duras críticas britânicas e polonesas em relação ao tratado. O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, deixou claro que o Reino Unido não está disposta a flexibilizar sua posição em itens que considera chave, como política externa, leis nacionais, policiamento e Carta de Direitos Fundamentais. "Precisamos que as áreas que estipulamos sejam respeitas por completo", afirmou Blair.
A principal objeção dos britânicos é que a UE se torne um "super-Estado". A chanceler britânica, Margaret Beckett, alertou, na quarta-feira, que o bloco está "em negação" se espera que os países apóiem as provisões da Constituição.
Outro obstáculo para os esforços alemães é a Polônia, que quer maior poder de voto no bloco. O novo sistema de votação proposto cria uma "dupla maioria", que exige para a aprovação de leis e medidas o apoio de pelo menos 55% dos países do bloco. Além disso, é necessário também que esses 55% representem 65% da população da UE. A Polônia se opôs ao sistema porque perderia peso em relação a países mais populosos como a Alemanha.
O primeiro-ministro polonês, Jaroslaw Kaczynski, chegou a afirmar numa entrevista antes da cúpula que seu país teria uma população maior se a Alemanha não tivesse matado 6 milhões de poloneses durante a época do nazismo. Apesar do discurso, o premiê reconheceu na quarta-feira que um acordo é importante para o futuro do bloco.
Tentando evitar um novo fracasso - a Constituição foi rejeitada por franceses e holandeses num referendo em 2005 - , a Alemanha vem fazendo várias concessões aos países do bloco. A tática, no entanto, irritou países que haviam ratificado o antigo acordo.
Fonte:
AP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/220459/visualizar/
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