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Com escassez de gás, novas fontes de energia despontam
As dificuldades de licenciamento de novas hidrelétricas e a pequena disponibilidade de gás natural para as usinas térmicas estão abrindo as possibilidades para novos tipos de combustíveis para a geração de energia. O carvão mineral importado, apesar dos problemas de poluição, poderá assumir papel crescente, assim como os pequenos empreendimentos de biomassa ou as chamadas PCHs, hidrelétricas com potência inferior a 30 MW. "Não está esse quadro dramático que estão pintando", disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, em entrevista à Agência Estado.
Uma fonte do governo disse à Agência Estado que a EPE estaria caminhando para um córner, por não dispor de "mercadorias" (usinas) suficientes para ofertar nos leilões a partir de 2010. "As licenças ambientais para as hidrelétricas não saem e a Petrobras não tem gás natural para ofertar. O combustível que a empresa (Petrobras) está comprando na forma liqüefeita vai custar muito caro e o Ministério de Minas e Energia limitou a presença de térmicas movidas a diesel ou óleo combustível nos leilões. As opções estão limitadas", observou.
Tolmasquim afasta a hipótese de córner, mas admite que, para contornar as adversidades, alguns interesses poderão ser contrariados, como as distribuidoras, e é possível que haja em expressivo acréscimo nos custos da energia. "Com o aumento da participação das térmicas, os custos tendem a subir. Não há como não reconhecer os custos da commodity para não enfrentar os mesmos problemas que estamos observando em país vizinho", comentou Tolmasquim, sem mencionar nominalmente a Argentina.
Custos
As empresas que estão conversando com a Petrobras para comprar gás liquefeito de petróleo (GNL) para participar do leilão da EPE do próximo dia 10 de julho receberam o recado: a estatal terá o combustível, mas o preço será de pelo menos US$ 10 por milhão de BTU, mais do que o dobro do gás natural importado da Bolívia, que está em torno de US$ 4,50 por milhão de BTU. O presidente da EPE se conforma. "É o custo que o País terá de pagar se não puder oferecer mais hidrelétricas", resume.
Para reduzir os custos do sistema, a EPE está avaliando a possibilidade de permitir que pequenas usinas instaladas em Goiás e em Mato Grosso do Sul possam ter acesso à rede básica do Sistema Interligado nacional (SIN) sem pagar ´pedágio´ para as distribuidoras dessas regiões. Com isso, essas usinas não precisarão pagar as tarifas de distribuição, reduzindo o custo final para o consumidor e aumentando a sua competitividade. Tolmasquim informou que a EPE fará reunião específica sobre isso no próximo dia 3, uma semana antes da realização do leilão. "É uma possibilidade concreta de novas ofertas", comentou.
Novos insumos
Outro insumo que está despontando forte para os próximos anos é o carvão importado, segundo Tolmasquim. Ele observou que a Companhia Vale do Rio Doce já anunciou que vai construir térmicas com esse insumo para projetos no Pará e estaria avaliando outras opções. O grupo MMX, do empresário Eike Batista, se uniu à Energias do Brasil (EDP) para construir duas térmicas a carvão no Nordeste, sendo uma em Fortaleza (700 MW) e outra em São Luiz (350 MW). "O processo está avançando. Eu sei que eles já estão conversando com os chineses para adquirir os equipamentos e garantir a matéria-prima", disse Tolmasquim. Outra opção em análise é a autorização para a conclusão da usina nuclear Angra 3, complementou.
Uma fonte do governo disse à Agência Estado que a EPE estaria caminhando para um córner, por não dispor de "mercadorias" (usinas) suficientes para ofertar nos leilões a partir de 2010. "As licenças ambientais para as hidrelétricas não saem e a Petrobras não tem gás natural para ofertar. O combustível que a empresa (Petrobras) está comprando na forma liqüefeita vai custar muito caro e o Ministério de Minas e Energia limitou a presença de térmicas movidas a diesel ou óleo combustível nos leilões. As opções estão limitadas", observou.
Tolmasquim afasta a hipótese de córner, mas admite que, para contornar as adversidades, alguns interesses poderão ser contrariados, como as distribuidoras, e é possível que haja em expressivo acréscimo nos custos da energia. "Com o aumento da participação das térmicas, os custos tendem a subir. Não há como não reconhecer os custos da commodity para não enfrentar os mesmos problemas que estamos observando em país vizinho", comentou Tolmasquim, sem mencionar nominalmente a Argentina.
Custos
As empresas que estão conversando com a Petrobras para comprar gás liquefeito de petróleo (GNL) para participar do leilão da EPE do próximo dia 10 de julho receberam o recado: a estatal terá o combustível, mas o preço será de pelo menos US$ 10 por milhão de BTU, mais do que o dobro do gás natural importado da Bolívia, que está em torno de US$ 4,50 por milhão de BTU. O presidente da EPE se conforma. "É o custo que o País terá de pagar se não puder oferecer mais hidrelétricas", resume.
Para reduzir os custos do sistema, a EPE está avaliando a possibilidade de permitir que pequenas usinas instaladas em Goiás e em Mato Grosso do Sul possam ter acesso à rede básica do Sistema Interligado nacional (SIN) sem pagar ´pedágio´ para as distribuidoras dessas regiões. Com isso, essas usinas não precisarão pagar as tarifas de distribuição, reduzindo o custo final para o consumidor e aumentando a sua competitividade. Tolmasquim informou que a EPE fará reunião específica sobre isso no próximo dia 3, uma semana antes da realização do leilão. "É uma possibilidade concreta de novas ofertas", comentou.
Novos insumos
Outro insumo que está despontando forte para os próximos anos é o carvão importado, segundo Tolmasquim. Ele observou que a Companhia Vale do Rio Doce já anunciou que vai construir térmicas com esse insumo para projetos no Pará e estaria avaliando outras opções. O grupo MMX, do empresário Eike Batista, se uniu à Energias do Brasil (EDP) para construir duas térmicas a carvão no Nordeste, sendo uma em Fortaleza (700 MW) e outra em São Luiz (350 MW). "O processo está avançando. Eu sei que eles já estão conversando com os chineses para adquirir os equipamentos e garantir a matéria-prima", disse Tolmasquim. Outra opção em análise é a autorização para a conclusão da usina nuclear Angra 3, complementou.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/220463/visualizar/
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