Estatísticas, e Acessibilidade Urbana abriram o "Seminário Paz no Trânsito

Estatísticas e Acessiblidade Urbana foram os temas debatidos nessa primeira rodada de painéis do Seminário "Paz no Trânsito: Cuiabá 300 anos" que esta acontecendo hoje(21) e amanhã(22) na Fimetec das 8h00 às 18h00 realizado pela Prefeitura de Cuiabá e pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano-SMTU.

"Em 1960 éramos cinco mil nessa cidade. Hoje somos 600 mil habitantes e 200 mil automóveis que circulam pelas mesmas avenidas, pois há pelo menos 10 anos Cuiabá não tem uma avenida nova", disse o Prefeito Wilson Santos na abertura evento.

Em seu discurso, o Prefeito lembrou que hoje as indústrias automobilísticas facilitam muito a venda de automóveis e que não há por parte dos governos estaduais e da União políticas públicas que dêem preferência para a coletividade barateando a tarifa do transporte público com medidas que diminuam a tributação, bandeira esta levantada por ele na Frente Nacional de Prefeitos.

Estatísticas – Nancy Schneider, gerente de Segurança no Trânsito da CET – Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo apresentou dados da realidade de São Paulo e disse que com medidas como a adoção de faixa exclusiva para motociclistas e o trabalho do Comitê Interno de Gerenciamento de Risco de Acidentes que criam políticas especificas embasadas nas informações provindas do Fator Humano, Fator Veículo e Fator Meio Ambiente tem contribuído para o decréscimo do numero de acidentes na cidade paulista.

Ainda no mesmo painel, Zuilton Braz Marcelino, Perito Oficial Criminal e Coordenador Geral de Criminalística de Mato Grosso apontou as avenidas da grande Cuiabá que são campeãs em acidentes: Miguel Sutil, BR 364, Fernando Correa , Av. do CPA e Avenida dos Trabalhadores. "A solução para a redução de acidentes depende de uma mudança de cultura da sociedade e também numa melhor estruturação com processos de habilitação mais confiáveis e também processos preventivos", disse ele.

Num segundo momento, no painel sobre Programa Brasileiro de Acessiblidade Urbana, Luiz Bertotto do Ministério das Cidades que veio representar José Carlos Xavier-Grafite, frisou que a mobilidade urbana para uma cidade sustentável é resultado de um conjunto de políticas de transporte e circulação. "Enquanto sociedade cabe-nos a pergunta 'Que cidade é essa que construirmos?' 6% da população são deficientes, temos que adequar os ambientes, usando cada vez mais tecnologia para melhorar esse setor e não cercear o direito de ir e vir de nenhum cidadão". Seguindo essa linha, Adriana Bussiki, Presidente do Instituto de Planejamento Urbano de Cuiabá –IPDU falou sobre os projetos das Avenidas XV de Novembro e Carmindo de Campos que está desenvolvendo voltados para a Mobilidade Urbana. "Vamos trabalhar com os agentes fiscais de trânsito da SMTU e com os fiscais da Secretaria de Meio Ambiente para que a população entenda que as cidades são projetadas para as pessoas", afirmou Adriana.

Participantes – Com cerca de 400 participantes entre empresários, prefeituras do interior, estudantes de engenharia e arquitetura, professores, membros do Detran/MT, advogados, secretários municipais, assessores, jornalistas, médicos entre outros, o seminário continua agora tarde e amanhã com o objetivo de esclarecer e abrir um amplo debate envolvendo a sociedade na busca de um trânsito mais humano e moderno para Cuiabá. "Temos feito diversos investimentos em Cuiabá no intuito de melhorar o trânsito e nesse Seminário vamos aprender com palestrantes que aqui vieram para debater e contribuir com seus conhecimentos e suas experiências de sucessos como em Salvador que passou da segunda capital mais violenta no trânsito para a última", disse o secretario Oscar Soares Martins, da SMTU.