Aeronáutica pede prisão de líder dos controladores
O militar, que deve cumprir 24 dias de prisão, trabalha há 20 anos no controle aéreo. Depois do início da crise no setor aéreo, ele foi transferido para a base aérea de Guarulhos, na Grande São Paulo.
Uma fonte ligada à Febracta disse ao G1 que a determinação de prisão administrativa do sargento é uma "jogada política" para pressionar e enfraquecer os controladores de vôo de todo o país. "O Governo e a Aeronáutica jogam com as armas que têm. Eles acham que irão conseguir enfraquecer o grupo. Mas isso não vai acontecer".
Defesa prejudicada
O advogado do presidente da Febracta, Tadeu Correa, afirmou que irá entrar, até o fim desta semana, com mandado de segurança na auditoria da Justiça Militar de São Paulo para evitar a detenção de Trifilio. “A Constituição não prevê habeas corpus para punição administrativa militar. Porém, a mesma Constituição diz que qualquer pessoa tem direito à defesa. Meu cliente não teve o direito à ampla defesa”, disse Correa.
O próprio advogado, no entanto, acha difícil reverter a situação de Trifilio. “Em se tratando de casos militares, não será fácil mudar a situação, pois a corporação é muito rígida e nem é muito comum vencer um caso assim”.
Trifilio não será detido imediatamente. Sua prisão é uma punição administrativa e só será cumprida a partir do dia 2 de julho, data agendada para ele se apresentar à Aeronáutica.
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