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Economia
Quinta - 21 de Junho de 2007 às 06:56

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As exportações mato-grossenses registraram um crescimento de 8,83% no acumulado até maio de 2007, se comparado ao mesmo período de 2006. O número demonstra uma recuperação das taxas negativas apresentadas até março deste ano. Em relação ao Centro-Oeste, Mato Grosso representou 54% das exportações da região, mantendo sua posição de 10º maior Estado exportador do país. Em maio, as exportações foram consideradas expressivas pelos empresários. Mesmo com a queda de 9,8% em relação a abril, os valores indicam um crescimento de 37% em relação ao mesmo período de 2006. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (20), pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt).

O complexo soja, com US$ 1,36 bilhões, continua sendo o carro-chefe da pauta de exportação do Estado. O produto responde, no acumulado até maio, por 71% do valor total de US$ 1,96 bilhões. Estes números demonstram perda de participação em relação ao mesmo período de 2006, quando representava 80% do valor exportado. "Os embarques de soja-grão, com 3,69 milhões de toneladas, são praticamente os mesmos registrados no ano passado, mas com pequena queda no faturamento em dólar pela redução do preço internacional. Já os embarques de farelo e de óleo tiveram aumento de 29,5% e 13%, respectivamente", avalia o vice-presidente da Fiemt, Jandir José Milan.

As exportações de milho continuam fortes. Com um total de US$ 30,13 milhões, atingiram um aumento de praticamente 200% em valor e de 116% em quantidade, "por conta da evolução de 50% no preço internacional do produto, devido à demanda para etanol, nos Estados Unidos, principalmente". ressalta o vice presidente da Fiemt. "É uma excelente janela de oportunidade para consolidarmos o milho como produto de exportação", afirma. Já as exportações de algodão, de US$ 42,94 milhões, caíram 40% em relação ao mesmo período do ano passado, acompanhando a queda de preço internacional de 6% em dólar.

O segmento de carnes, com US$ 298,63 milhões, também se destacou em maio, saindo de 9,8% para 15,7% do total exportado pelo Estado, liderado pela carne bovina e de aves. "Os aumentos de volumes foram expressivos, sendo de 103% para carne bovina, de 133% para aves e de 2,24% para carne suína, em relação ao mesmo período do ano passado. Em valor exportado, as taxas também são representativas", enfatiza o assessor econômico da Fiemt, Carlos Vitor Timo Ribeiro. Os produtos de base florestal ocupam a 3ª posição da pauta estadual, totalizando US$ 87,36 milhões nestes primeiros cinco meses de 2007, contra US$ 56,61 milhões no mesmo período do ano passado, o que sinaliza certa recuperação do setor, já que o acréscimo foi de 54%.

Importações

Já o aumento das importações neste período, de 191%, atingindo US$ 273,38 milhões, contra US$ 94,08 milhões no mesmo período do ano passado, é sustentado pela compra de insumos agrícolas. Segundo o coordenador do Centro Internacional de Negócios (CIN), Emerson Moura, em função da queda do dólar, já estão aparecendo, na pauta de importações, bens de consumo, principalmente confecções, o que é preocupante para nossas indústrias do segmento. "Mas é interessante registrar que a importação de tecnologia, de máquinas e equipamentos para os diversos setores agregam valor ao setor produtivo do Estado".

O assessor econômico da Fiemt complementa ressaltando que as perdas cambiais para Mato Grosso continuam com variação de 8,76%, com o dólar saindo de R$ 2,17 em maio de 2006, para R$ 1,98 em maio de 2007. "Esta variação gera perdas de R$ 340 milhões, pela conversão das exportações de maio 2007 pelo câmbio de maio 2006. Além dos representantes da Fiemt, a divulgação dos dados de exportações contou com a participação do gestor de Comércio Exterior da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Paulo Henrique da Cruz.





Fonte: RMT-Online

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