Para governo, poupança ainda é uma boa aplicação
Mantega acrescentou que não "é desejável" que as aplicações financeiras sejam "altamente rentáveis", pois isso representa um desestímulo à produção.
"O rendimento da poupança ainda é um dos mais altos que temos", afirmou Mantega em depoimento à Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara. Ele foi convidado pelos deputados a prestar esclarecimentos sobre as tarifas bancárias e sobre a última alteração do cálculo de remuneração da poupança.
O ministro afirmou que, com a redução da Selic, a remuneração paga pelos fundos de invesimento está em queda e "não poderia ser diferente para a caderneta de poupança".
O Conselho Monetário Nacional aprovou, em março, mudança na fórmula de cálculo da Taxa Referencial, usada na remuneração da poupança. A mudança reduziu, na prática, o rendimento da poupança.
Mantega defendeu, ainda, o estímulo à concorrência bancária como uma das principais medidas para reduzir o spread, que mede a diferença entre o custo dos bancos para levantar recursos e as taxas cobradas dos tomadores finais de empréstimos.
Ele sustentou, ainda, que a inadimplência dos tomadores de empréstimos tem um peso mais elevado sobre a composição do spread bancário do que a tributação.
Também presente à audiência, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, destacou a importância da transparência na divulgação de dados sobre as tarifas bancárias.
Ele também ressaltou como positiva a tendência recente de bancos de pequeno e médio portes abrirem seu capital, como alternativa a fusões com instituições maiores --o que evitaria um crescimento da concentração no setor.
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