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Nacional
Quarta - 20 de Junho de 2007 às 14:05

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A mulher brasileira tomou as rédeas da família: pesquisa de consumo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), feita a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que 26,4% do total de famílias existentes no Brasil são chefiadas por mulheres. Segundo o levantamento, trata-se de um fenômeno urbano, uma vez que a proproção de chefes de famílias do sexo feminino em áreas rurais é de 14,5%, ou a metade da quantidade registrada na zona urbana.

Na composição dos gastos das mulheres, a saúde aparece como prioridade - elas já são maioria entre os titulares de planos de saúde (54%). A maior parte do dinheiro recebido pelas cidadãs brasileiras é gasto em saúde, roupas e transportes. Segundo o Ipea, são despesas ligadas ao papel de mãe, uma vez que historicamente as mulheres são responsáveis pela compra de produtos farmacêuticos e peças de vestuário para as crianças.

Composição da renda

Os homens, por outro lado, gastam o equivalente a 47,6% de sua renda com veículos, transportes e imóveis. Nos gastos com veículos, segundo o Ipea, estão incluídos despesas com acessórios, manutenção, doecumentação e seguros. O alto peso do item imóveis na renda do sexo masculino é relacionada ao fato de muitos brasileiros, além de manter o próprio imóvel, também ajudam na moradia de ex-mulheres e filhos.

O fato de uma família ser chefiada por uma mulher influencia na maneira como ela gasta seu orçamento: enquanto os "pais de família" priorizam aumento do patrimônio, alimentação e despesas correntes, as "mães de família" gastam mais com alimentação, vestuário, higiene, saúde e educação.

Na composição da renda familiar, também há diferenças: enquanto as chefiadas por homens têm rendimentos que vêm basicamente do trabalho, as que dependem de mulheres contam com uma boa proporção de transferências (pensões, mesadas, bolsas, aposetnadorias e transferências transitórias, por exemplo).

Insuficiência

A pesquisa mostra também que as famílias chefiadas por mulheres têm mais dificuldade em fechar o orçamento no fim do mês. Das famílias pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2002 e 2003, 33,8% das chefiadas por mulheres afirmaram ter "muita dificuldade" para chegar ao fim do mês com a renda familiar, enquanto nas famílias comandadas por homens este índice era de 24,8%.

A tendência se repete quando são levados em contas fatores como "alimentação insuficiente" e "moradia deficiente". Entre as famílias chefiadas por homens, 12,7% estão insatisfeitas com a alimentação e moradia. Entre as mantidas por mulheres este índice é de 17% e 16,1%, respectivamente.





Fonte: G1

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