Jovem fugitivo muda estilo para conquistar pais da namorada

Conversar com os pais de Clara Graham, de 14 anos, para poder reatar o namoro. É só nisso que pensa o jovem Robson Celestino, de 17 anos, que no início do mês empreendeu uma aventura ao fugir de casa com a namorada. Ele, que viaja nesta quarta-feira (20) para a casa de parentes na Paraíba, está mudando seu estilo de vida.

A começar pelo vestuário. Robson diz que não se veste mais todo de preto e já não usa mais tantas correntes e pulseiras. O visual pesado agora é coisa do passado. Ele espera, desta forma, aos poucos reconquistar a simpatia dos pais da namorada.

“Estou mudando. Os pais da Clara de vez em quando ligam para a minha mãe. Conversamos algumas vezes, mas ainda não sei se vamos poder voltar a namoro. Isso vai depender de muita conversa”, disse Robson, que no último dia 6, quando fugiu, completou sete meses de namoro.

As incertezas são muitas. Daqui a dois meses, quando completa 18 anos, ele terá de prestar serviço militar. Aí, segundo afirma, as dificuldades para rever Clara serão ainda maiores.

“Vai ficar mais difícil. Mas tenho de conversar com os pais dela”, disse Robson, que ao voltar da viagem, vai se matricular num colégio. “Por enquanto, não penso em voltar a trabalhar, quero só estudar. Quero fazer faculdade de informática.”

Robson continua fã de animes

De uma coisa ele tem certeza: não vai deixar de admirar desenhos japoneses. Nas mensagens eletrônicas que envia, costuma usar uma expressão “axen kun”, que segundo explicou, é uma forma de apresentação em japonês.

“Sou fã do “Death Note”, que é um anime policial, no qual um jovem encontra um estranho caderno que provoca a morte das pessoas que têm o nome escrito nele. Mas não gosto de me vestir como as personagens. Só fiz isso uma vez, numa festa”, explicou Robson.

Fuga, nunca mais, ele garante. Mas afirma que se arrepende só de algumas coisas. Robson disse que nos primeiros três dias depois de sair de casa, ficou em casa de amigos. Depois, ele e Clara foram para um hotel.

O casal chegou a ser assaltado. Levaram R$ 30 antes que buscassem abrigo na casa de um amigo de Robson em Bangu, na Zona Oeste, onde eles foram encontrados pelos pais.

“Aprendi muita coisa nesse meio tempo. Me arrependo de algumas coisas. Vou viajar, esfriar a cabeça e quando voltar quero sentar e conversar com os pais da Clara”, concluiu Robson.