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Quarta - 20 de Junho de 2007 às 10:36
Por: Rosana Persona

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Mais de 140 pessoas participaram da visita técnica à unidade de observação de trigo em regime de sequeiro, no município de Campo Verde (131 km ao Sul de Cuiabá), verificando as potencialidades da cultura em propriedades acima de 700 metros de altitude. A variedade BR 18 foi a que teve melhor desempenho, apresentando maior tolerância à brusone e produtividade superior aos materiais genéticos testados. A visita técnica foi organizada pela Empaer e Cooperativa dos Cotonicultores de Campo Verde (Cooperfibra).

A brusone do trigo é uma doença causada por fungo e provoca danos no rendimento de grãos.

O extensionista da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Hortêncio Paro explica que para verificar o comportamento da cultura foram analisadas as tecnologias, espaçamento, densidade, época de plantio, herbicida pré e pós-emergentes, controle de pragas e doenças, dados pluviométricos, problemas técnicos e outros.As variedades pesquisadas para trigo de sequeiro foram; BR 18 e IAC-350.

Segundo Paro, a variedade BR 18 atingiu a produtividade de 33 sacos por hectare e permitiu uma receita bruta de R$ 1.056,00. Considerando que o saco de 60 quilos está sendo comercializado por R$ 32,00, atingindo um custo de produção de R$ 723,00 o que permite um retorno de R$ 332,00 por hectare. “Com uma taxa de retorno de 46% em relação ao capital investido tem demonstrado ser economicamente viável em nosso Estado”, ressalta.

A cultura do trigo é mais uma opção de safrinha para sequeiro e manejo de solo para o produtor com benefícios pela redução de uso de insumos na cultura principal (soja), com ganhos ambientais para a propriedade, além de quebrar os ciclos de doenças da soja, como a ferrugem asiática e esclerotínea. “No projeto original estava previsto a implantação de quatro unidades de observação e foram realizadas cinco, isso demonstra um interesse do Estado na implantação da triticultura”, esclarece.

Durante a visita técnica discutiram sobre os principais gargalos da triticultura que é a comercialização. Hortêncio confessa que devido a desativação de um moinho de trigo na capital toda a produção está sendo escoada para o Estado de Goiás, no município de Rio Verde, acarretando um custo de R$ 9,80 o saco de trigo, ocasionando uma quebra de rendimento para o produtor.

O Estado de Mato Grosso consome mais de 10 mil toneladas de farinha de trigo por mês, segundo os dados do Sindicato dos Panificadores. Otimista com o crescimento e fortalecimento da cultura no Estado, o extensionista começa a implantação de duas unidades demonstrativas de trigo irrigado uma em Sorriso (Fazenda Possamai) e outra em Primavera do Leste (Fazenda Horizonte). A visita técnica aconteceu no dia 15 de junho, no campo experimental da Cooperfibras.

Nesta safra a Empaer em parceria com empresários, sindicatos rurais, prefeituras e outros, executou no Estado cinco unidades de observação de trigo de sequeiro nos municípios de Alto Taquari (fazenda Cachoeira), Alto Garças (São Jerônimo), Jaciara (Monte Negro), Campo Verde (Fazenda Bonanza e Cooperfibra). E no trigo irrigado foram implantados três unidades demonstrativas em Primavera do Leste (Fazenda Horizonte), Campo Verde (Chácara Rio das mortes) e Lucas do Rio Verde (Fazenda São Francisco).





Fonte: Assessoria/Empaer-MT

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