Compras com cheque pré-datado crescem 2,08% em maio, diz pesquisa

O volume de cheques pré-datados usados em compras em maio no Brasil registrou elevação de 2,08% em relação a abril, chegando a 73,28% do total, segundo pesquisa da empresa de concessão de crédito no varejo Telecheque.

"O Dia das Mães é a segunda melhor data para o varejo, perdendo apenas para o Natal. O crescimento do parcelamento nesta época do ano confirma a importância da data para o lojista brasileiro", afirma vice-presidente da Telecheque, José Antônio Praxedes Neto.

Em abril o percentual de parcelamentos com cheques pré-datados ficou em 71,97%. Em relação a maio do ano passado, houve ligeiro recuo de 0,87%.

Dos 19 Estados pesquisados pela Telecheque, 17 apresentaram aumento das compras pré-datadas em relação a abril. O maior índice de parcelamentos do período (84,89%) foi o registrado no Rio Grande do Norte --onde também se viu a maior expansão (6,65%) em relação ao mês anterior.

Outros crescimentos significativos foram os observados no Amazonas (+4,67%), no Rio de Janeiro (+3,53%) e em Alagoas (+3,50%).

Em São Paulo, os parcelamentos feitos com cheque pré-datado responderam po 68,66% das transações feitas no mês passado --uma alta de 3,30 em relação a abril, mas uma queda de 3,35% em relação a maior de 2006.

Em relação a maio de 2006, houve uma queda de 0,87%. Nessa comparação, 11 Estados apresentaram baixa nas compras parceladas, com destaque para Alagoas --declínio de 11,73%--, seguido da Paraíba --baixa de 8,70%. Foram também os Estados com os menores índices de cheques pré-datados em maio --43,78% e 63,16%, respectivamente.

Cheques sem fundos

No mês passado o índice de cheques sem fundos atingiu 2,72%, contra 2,88% em maio de 2006. Segundo a Telecheque, o indicador referente a maio foi o segundo menor do ano, atrás apenas ao de fevereiro, de 2,55%.

Praxedes disse que a redução mostra "um cuidado muito positivo do consumidor em honrar suas compras, apesar do seu alto endividamento".

Com abrangência nacional, a Telecheque avalia a inadimplência com cheques, bem como outros indicadores relacionados a esse meio de pagamento, considerando o valor em reais das transações com cheques, e não a quantidade de folhas de cheques emitidas.