80% dos assassinatos, são com armas de fogo
Só no mês de junho, já são 20. O delegado titular da unidade, Márcio Pieroni, avalia que a facilidade para se conseguir uma arma é fator que auxilia o crescimento dessa estatística. O percentual de crime cometidos com armas de fogo, infelizmente, vem aumentando desde 2005. Naquele ano, elas apareceram em 70% dos assassinatos.
Em 2006, o número passou a 75%. Com o emprego da Lei do Desarmamento, em 2004, cerca de meio milhão de armas ilegais foram destruídas no país, mas na prática isso pouco mudou na capital mato-grossense.
Estatísticas da Polícia Militar demonstram que em cinco meses o número de armas apreendidas chega a 250, principalmente nas regiões do CPA e Coxipó, que concentram justamente a maior quantidade de assassinatos.
Revólveres lideram as apreensões por causa do baixo valor de comércio, por serem de pequeno porte, fáceis de transportar, guardar e de uso simples. Um modelo calibre 38 é adquirido no mercado negro por valores que variam entre R$ 150 e R$ 200. No Brasil existem cerca de oito milhões de armas, entre legais e ilegais.
Apesar do elevado índice de solução dos crimes que a DHPP coleciona (80%), na prática, pouco surte efeito para reduzir os assassinatos.
O que deixa claro que a segurança pública não pode ser tratada de maneira isolada. Pieroni avalia que são necessárias políticas de inserção, de geração de empregos, dentre outras, para mudar o atual quadro.
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