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Saúde
Terça - 19 de Junho de 2007 às 21:25

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A Assembléia Legislativa realizou nesta terça-feira (19) reunião da Câmara Setorial Temática (CST) para buscar alternativas imediatas e efetivas para melhorar a assistência prestada aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso. A Câmara foi proposta pelo deputado Ademir Brunetto (PT) e contou com dois palestrantes do Hospital Geral Universitário (HGU), Vânder Fernandes (diretor geral) e Kátia Tavares Serafim da Silva (coordenadora odontológica).

“Há como melhorar o quadro caótico do SUS e para isso precisamos da colaboração de todos. O SUS não precisa de recursos, mas sim, de organização e acredito que falta uma postura mais séria do próprio programa”, afirmou Brunetto.

Na opinião do diretor geral do HGU, a demanda por serviços de saúde é influenciada pelas características demográficas, socioeconômicas e epidemiológicas da população e a oferta de serviços está relacionada à disponibilidade de diversos recursos, bem como a critérios técnico-administrativos de pagamento adotados no SUS, fatores que devem ser considerados nas análises comparativas.

Durante a sua palestra, Vander Fernandes expôs a realidade do SUS de Cuiabá, onde ele entende que, há muitos problemas que precisam ser solucionados de maneira imediata. “A carência e a má gestão dos recursos são alguns pontos, que se juntam com a falta de oferta de serviços e o precário modelo do sistema. Tudo isso inviabiliza o alcance dos princípios necessários para melhor atendimento”, apontou ele.

Para o deputado Humberto Bosaipo (DEM), a discussão sobre o SUS chegou num momento oportuno. O parlamentar destacou a qualificação da gestão e ainda, o fortalecimento das gerências regionais de saúde e escritórios microrregionais. “É preciso construir políticas públicas que se consolidem como políticas de Estado, e para melhorar essa situação, é importante a realização de cursos para esses profissionais”, afirmou ele.

De acordo com Bosaipo, a CST dá oportunidade para a sociedade e autoridades discutirem o tema, buscando alternativas através de propostas. “Esse é um alerta para os novos caminhos do SUS”, afirmou o deputado.

Outro ponto discutido na reunião é a falta de acompanhamento, através da medicina de escala. Essa é a avaliação do presidente da CST, José Lacerda que lembra que o tratamento do paciente perdeu o caráter humanitário. “Hoje o SUS é mais comercial, principalmente, se tratando em escala de pagamento aos médicos e laboratórios”, explicou Lacerda.

Segundo o presidente da Câmara Setorial, uma das saídas pode ser um diagnóstico dos fatos, da administração, ou seja, ouvir os usuários que na opinião de Lacerda, são as grandes vítimas. “O atendimento gerencial é deficitário e não funciona, há falta de interesse em melhorar o programa por parte do Estado”, argumentou Lacerda.

O deputado Chico Galindo foi mais contundente nas suas afirmações, quando falou sobre credenciamento. Ele entende que em Cuiabá há uma dificuldade enorme para resolver esse impasse. “Resolvendo essa complexidade, acredito que o SUS teria uma melhora fundamental, esse é o caminho para a saúde pública”, ressaltou Galindo.





Fonte: Assessoria

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