Tempo seco e baixa umidade do ar colocam Estado em alerta
A Secretaria Nacional de Defesa Civil desaconselha atividades ao ar livre e exposição ao sol entre as 10 e 17 horas, especialmente entre as 14 e 16 horas, período do dia em que a umidade do ar fica mais baixa. Orienta-se também para a ingestão de bastante líquido para não ter problemas de desidratação.
Os alertas informam também que o tempo seco aumenta o risco de incêndios florestais. Com isso, recomenda-se orientar a população para não fazer fogueiras nas proximidades de matas e florestas. Além disso, os motoristas que trafegarem por regiões sujeitas a incêndios deverão ter atenção redobrada devido à visibilidade reduzida pela fumaça, e também evitarem jogar pontas de cigarros para fora dos veículos.
Com a divulgação de alertas, a Sedec pretende evitar a perda de vidas, danos ao patrimônio e ao meio ambiente e também incentivar a adoção de medidas preventivas pela população, governos estaduais e municipais.
A Superintendência da Defesa Civil (SDC), do Estado de Mato Grosso, continua em alerta na monitoração das condições climáticas que indicam a Umidade Relativa do Ar (URA). De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) a URA atingiu, nesta segunda-feira (18/06), a taxa de 30% quando o normal é que ela fique em torno de 80%. Em vista dessa queda significativa nos índices da Umidade Relativa do Ar a Secretaria de Estado de Saúde (Ses), em parceria com a Superintendência da Defesa Civil, está disponibilizando informações sobre o perigo das complicações respiratórias que ocorrem durante o período em que a URA fica mais baixa.
O superintendente da Defesa Civil do Estado, major/PM Abadio José da Cunha Jr, alertou que, até quarta-feira (20/06), a umidade relativa do ar fica abaixo do índice de 30%. Ele lembrou que os problemas que decorrem da baixa umidade relativa do ar são: dificuldades respiratórias, dores no ouvido, sangramentos nasais, irritação dos olhos e ressecamento da pele.
O secretário-adjunto das unidades desconcentradas da Saúde do Estado, o pediatra Carlos Antônio Azambuja, recomenda que, em vista desses perigos, a população deve tomar cuidados para evitar a desidratação ingerindo muito líquido e evitando ambientes fechados e com grande concentração de pessoas.
Recomenda, também, a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre as 10 e 16 horas, mas especialmente no horário de 14 às 16 horas, quando a ura chega ao seu nível mais baixo, diariamente. “Devemos atentar principalmente às crianças e aos idosos que são mais propensos a sofrer com o desconforto causado pela baixa umidade do ar, apresentando problemas de saúde por ter uma imunidade mais baixa em relação às outras pessoas”, disse o secretário-adjunto.
Durante esse período crítico de baixa umidade relativa do ar, as recomendações são: que se diminua os banhos prolongados com água quente e o uso excessivo de sabonete para não eliminar totalmente a oleosidade natural da pele. Banhos frios podem ser tomados de 3 a 4 vezes, por dia. Também se deve evitar o uso contínuo do ar condicionado, fazer refeições leves (com ênfase no consumo de legumes, verduras, frutas e carnes brancas), trajar roupas de algodão e, sempre que possível, permanecer em locais protegidos do sol.
Azambuja disse que a ingestão de líquidos deve ser aumentada em um terço do que é sugerido como consumo diário dos adultos. “Os que são adultos e já tomam dois litros de água, por dia, o que á altamente recomendável, devem aumentar esse consumo para três litros, diariamente. O líquido deve ser oferecido constantemente para as crianças mas deve-se evitar o uso de refrigerantes porque essas bebidas não hidratam o corpo. Já os sucos, a água de côco ou a água natural devem ser usados sem qualquer restrição” afirmou o adjunto de Saúde.
Quanto aos sintomas físicos provocados pela baixa umidade do ar eles podem incluir a irritação nasal e dos olhos. No caso da irritação nasal o uso de um soro hidratante, devidamente prescrito por um otorrinolaringologista, traz alívio e conforto ao paciente. Para combater o desconforto causado pela irritação dos olhos, um colírio, que deve ser prescrito por um oftalmologista, também aliviará o desconforto visual.
Uma medida prática que ajuda a aliviar a baixa umidade do ar é manter toalhas molhadas e vasilhas com água em aposentos das casas, durante o dia, e também nas cabeceiras das camas, ao dormir.
“Apesar de todos esses cuidados ainda é possível, especialmente no caso de crianças e idosos, que apareçam sintomas como tosse contínua, sangramento no nariz e dor de ouvido, causados pelo ressecamento das vias respiratórias. Nesse caso, uma unidade de saúde deve ser procurada o mais rápido possível”, recomendou o adjunto de Saúde.
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