Justiça é morosa e ineficiente, admite Lessa
Na avaliação do magistrado, alguns questionamentos têm razão de ser e as críticas fundamentadas são bem-vindas, na medida que contribuem para a consolidação de um Judiciário forte na sua missão constitucional de esteio do Estado republicano. Por outro lado, afirma não aceitar ação irresponsável e arbitrária de forma generalizada.
Ele repetiu palavras do desembargador Mariano Travassos, segundo as quais "se existem no Judiciário suspeitos de comportamento incompatível com o exercício do cargo, nele também existem integrantes com os predicados necessários para mostrar à sociedade que desvios de conduta pontuais nem de longe comprometem a credibilidade e a seriedade da instituição".
Paulo Lessa diz também concordar que o Judiciário usa uma linguagem ininteligível para muitos e que ainda cultiva hábitos e procedimentos divorciados da realidade que o cerca. Isso ocorre, admite, porque continua preso a códigos arcaicos. Por fim, propõe que o Judiciário mato-grossense busque aproximação e firme um posicionamento público como instituição vital para a manutenção do Estado de direito e essencial ao exercício da cidadania.
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