MPF denuncia hoje envolvidos na Operação Xeque-Mate
O relatório da Polícia Federal aponta que Vavá tentava “vender facilidades” dentro do governo, usando o nome de Lula, em troca de dinheiro, mas a PF ressalta que o nome de Lula era usado à sua revelia. Vavá, que será denunciado por tráfico de influência e exploração de prestígio, pode ter seu processo desmembrado e remetido à Justiça de São Paulo, enquanto Morelli deve ser denunciado por formação de quadrilha, exploração do jogo de azar, contrabando, falsidade ideológica e sonegação fiscal.
O compadre do presidente é listado como sócio do chefe da máfia dos caça-níqueis, Nilton César Servo, na exploração de máquinas caça-níqueis em Ilhabela (SP). Os grampos mostram que eles planejavam expandir os negócios para São Sebastião (SP) e Manaus (AM). “Dario Morelli Filho gerencia pessoalmente a sala de jogos Deck Vídeo Bingo, ficando claro nos áudios que ele e Servo também possuem máquinas instaladas em outros estabelecimentos comerciais daquela cidade (Ilhabela)”, afirma o relatório feito pela PF.
Morelli é acusado também de “fazer o pagamento de propinas aos policiais corruptos que, em contrapartida, não reprimem a atividade ilícita de exploração do jogo de azar”. Segundo a PF, “um dos policiais civis que recebia propina de Morelli é o investigador conhecido apenas pela alcunha de Beto, lotado na delegacia de Ilhabela”. Detido com outras 80 pessoas no dia 4, quando a operação foi deflagrada, o compadre de Lula não teve o pedido de prisão preventiva renovado e foi solto na semana passada.
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