Explosão de carro-bomba mata ao menos 40 em Bagdá
O atentado, ocorrido pouco antes das 14h (7h de Brasília), causou a formação de uma grande coluna de fumaça sobre edifícios do centro de Bagdá. O ataque ocorre apenas dois dias após o fim de um toque de recolher imposto pelo governo iraquiano para deter a violência sectária, após um ataque contra uma importante mesquita xiita em Samarra.
Após a explosão, tiros foram ouvidos na região, uma área próxima da mesquita de Khillani, na área comercial de Sinak. Em 28 de maio, um ataque suicida matou 21 na mesma região.
O imã da mesquita, Saleh al Haidari, disse que se tratou de um caminhão-bomba, e que atingiu os fiéis que deixavam o local após orações. "Este ataque foi realizado por almas doentes e danificou uma das paredes da nossa mesquita", disse ele à Associated Press.
"Há corpos sendo tirados dos escombros, muitos fiéis morreram ou ficaram feridos".
Anteriormente nesta terça-feira, o Exército americano lançou uma operação de larga escala contra a rede Al Qaeda no Iraque em Baquba, ao norte de Bagdá, matando 22 supostos rebeldes, de acordo com um comunicado militar.
"O objetivo é destruir a influência da Al Qaeda nesta Província, e eliminar sua ameaça contra o povo", afirmou o general Mick Bednarek, da 25ª Divisão da Infantaria.
A operação envolve cerca de 10 mil soldados, além de helicópteros de ataque a apoio aéreo.
Ofensiva
A operação faz parte de uma ampla ofensiva conjunta de forças dos EUA e do Iraque nas regiões ao sul e ao norte de Bagdá que, segundo oficiais, visam minar a ação de membros da Al Qaeda, de insurgentes sunitas e das milícias xiitas que deixaram Bagdá em fevereiro, após o início de uma operação militar americana na capital iraquiana.
A rede Al Qaeda conduziu execuções públicas na principal praça de Baquba e adotou outros métodos violentos, com a intenção de impor um regime islâmico severo, nos moldes do que fazia a milícia Taleban no Afeganistão antes de ser deposta pelos EUA, em 2001.
A ação agressiva da organização na Província fez com que parte dos insurgentes sunitas, que eram aliados da rede, passassem a procurar o apoio e a proteção das tropas dos EUA.
Soldados
Também hoje, o Exército americano anunciou a morte de um soldado dos EUA em Bagdá.
O soldado morreu após ser atingido por tiros durante confronto no leste da capital iraquiana.
A morte eleva para 3.528 o número de soldados americanos mortos no Iraque desde a invasão americana, em 2003, de acordo com a contagem da agência Associated Press.
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