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Nacional
Terça - 19 de Junho de 2007 às 08:00

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Os servidores administrativos da PF (Polícia Federal) iniciaram nesta terça-feira uma nova paralisação de 72 horas, prevista no calendário de mobilização da categoria.

Serviços como emissão de passaportes deverão ser os mais afetados. Um dos pontos de maior procura do documento é o prédio da sede da Polícia Federal em São Paulo, na Lapa (zona oeste). Com isso, as já constantes filas poderão ficar maiores.

Além da emissão de passaportes, os servidores administrativos da PF exercem serviços internos nos setores de logística e protocolo da instituição, como, por exemplo, serviços de pagamentos, controle de produtos químicos, registro e concessão de portes de armas de fogo, fiscalizações de serviços de segurança privada e tramitação de inquéritos policiais.

O calendário de paralisações foi iniciado em 5 de junho. A categoria promete cruzar os braços por tempo indeterminado caso não tenha a pauta de reivindicações atendida. Os servidores querem, entre outros pontos, a criação de um plano de reestruturação da carreira e reajuste salarial.

A PF ainda não se pronunciou sobre a paralisação desta terça.

Salários

Para a presidente do SINPECPF (Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da PF), Hélia Cassemiro, a categoria quer do governo uma garantia para ter seus salários equiparados aos de outros servidores administrativos federais --o que elevaria os rendimentos iniciais de R$ 1.900 para R$ 3.000--; e o fim das terceirizações.

Essa garantia, segundo explica a sindicalista, estabelece que o governo deva incluir na medida provisória prevista para setembro deste ano --e que concede aumento salarial à carreira policial-- a reestruturação do Plano Especial de Cargos, inclusive com o impacto financeiro que isso irá gerar para os cofres públicos. "Queremos uma proposta concreta", afirmou Hélia.

O termo de compromisso a que se refere a presidente do sindicato foi firmado em junho de 2006 e envolveu os ministros de Justiça e do Planejamento, Orçamento e Gestão. Ele previa reajuste salarial conjunto para servidores administrativos e policiais. Hélia alega que em maio deste ano o governo fechou um acordo com os policiais federais para pagar um reajuste de 30% escalonado em três parcelas, mas não inclui os servidores administrativos.

"A correção desse fracionamento do termo é fundamental, pois está havendo um tratamento diferenciado em relação aos servidores da carreira policial e nós", disse a sindicalista.

O movimento dos servidores administrativos da PF é paralelo ao dos servidores que exercem carreiras policiais na instituição e que também estão em campanha salarial. Os policiais têm cargos de delegados, agentes, escrivães, peritos e papiloscopistas.

Grupo de trabalho

No último dia 13 houve uma reunião envolvendo os servidores e integrantes dos ministérios de Planejamento e Justiça para discutir as reivindicações dos grevistas. A assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento havia informado que um grupo de trabalho seria criado para para discutir a reestruturação de cargos da categoria, um dos itens constantes na pauta de reivindicações dos servidores.

A assessoria da pasta informou ainda na quinta-feira que um levantamento seria realizado para avaliar qual será o impacto econômico-financeiro da equiparação dos salários dos servidores administrativos da Polícia Federal aos do Ministério Público e do Judiciário.





Fonte: Folha Online

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