Termina greve de fome dos presos no Pascoal Ramos
Betsey afirmou que os 1.200 presos protocolaram um abaixo-assinado com 24 páginas para denunciar supostos maus-tratos, reivindicar o direito de visita e solicitar uma audiência de uma comissão de presos com o diretor do presídio Pascoal Ramos e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública.
O documento foi recebido no gabinete do secretário titular da pasta no dia 30 de maio. Contudo, o secretário adjunto de justiça, Carlos Santana, afirmou que o documento não chegou até ele. "Não recebemos formalmente a denúncia", comenta.
Durante todo a manhã, os presos se recusaram a comer e iniciaram a greve de fome que durou até o final de uma reunião com os representantes da Sejusp. Não há informações sobre o número de presos que participam da greve de fome.
Os presos reclamam que são humilhados e agredidos fisicamente dentro do presídio. Conforme Betsey, a ala 5 do Pascoal Ramos é usada como um 'pseudo-RDD' (Regime Disciplinar Diferenciado). Sendo que uma cela é usada como local de espancamento.
"Estamos verificando toda e qualquer denúncia que vier, mas não acreditamos que esteja ocorrendo este tipo de conduta por parte dos nossos servidores públicos", disse o secretário adjunto. De acordo com Santana, na ala 5 estão os presos de alta periculosidade ou com desvio de comportamento.
Telefone celular
Supostos presos, utilizando um telefone celular dentro do presídio, entraram em contato com a TV Centro América para reclamar de maus-tratos no Pascoal Ramos. Os detentos não revelaram como conseguiram acesso ao telefone, mas reconheceram a ilegalidade do ato. "É proibido, mas a gente vai fazer o que?", ironizou.
O secretário adjunto Carlos Santana disse que vai investigar a entrada ilegal de telefones celulares dentro do presídio.
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