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Quadro de Miró bate recorde de venda em leilão
Um quadro do pintor surrealista espanhol Joan Miró (1893-1983) foi vendido hoje na tradicional casa de leilões londrina Christie''s por ? 9,78 milhões, a maior cotação já atingida por uma obra desse artista.
O quadro "Le coq" (1940) superou as expectativas dos leiloeiros, que haviam estimado seu valor máximo em ? 6,6 milhões.
"Trata-se de um recorde mundial para o artista", afirmou à EFE uma porta-voz da Christie''s, sem revelar a identidade do comprador.
No final do leilão, foram também vendidas três obras de Pablo Picasso (1881-1973).
O quadro de Miró bateu o recorde anterior obtido em 2001 na sede da Christie''s em Nova York por "Portrait de Mme K" (1924), que foi vendido na ocasião por US$ 12,6 milhões (? 9,5 milhões).
Miró pintou "Le coq" em Varengelli-sur-Mer, um povoado do litoral da Normandia (França) onde se refugiou após a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e onde permaneceu até maio de 1940.
O conflito foi retomado na obra, que mostra um galo colorido com bico afiado e aberto.
Segundo estudiosos, o animal indicaria um grito desafiador.
A emotividade do autor fica evidente na intensa, mas limitada gama de cores: o vermelho vibra com o verde, enquanto o negro, libertado de sua tradicional função de contorno e sombra, estabelece um contraponto perfeito.
A tensão do quadro é evidenciada pelo contraste entre o saturado amarelo da terra e o azul do céu, enquanto a esperança e o otimismo de Miró estão presentes no equilíbrio harmonioso entre o branco e o preto.
No leilão, também foi posto à venda o quadro "Le vent" (1924), também de Miró, uma obra lírica pintada sobre papel Ingres na qual um bigode e um guarda-chuva flutuam sobre um homem de chapéu.
A obra foi arrematada por ? 493.700.
O pintor francês Claude Monet (1840-1926) também ganhou espaço no leilão.
O quadro impressionista "Waterloo Bridge, temps couvert" (1004) foi vendido por ? 26,5 milhões, o "segundo maior preço" já pago por uma obra do artista, informou à EFE a porta-voz da instituição.
A pintura, que ultrapassou três vezes seu preço estimado, é um retrato impressionista da ponte londrina de Waterloo e uma das célebres vistas do rio Tâmisa que o mestre francês pintou desde a venda do famoso hotel Savoy, onde havia se hospedado.
Outro trabalho de Monet, "Les arceaux de roses, Giverny" (1913), uma das pinturas mais emblemáticas da famosa estufa de nenúfares de seu jardim com um roseiral ao fundo, foi arrematado por ? 13,2 milhões.
A obra de Picasso "Mousquetaire et nu assis" (1967), em que elogia a virilidade do ser humano com um mosqueteiro cortejando uma dama desnuda, foi comprado por ? 9,5 milhões.
Também do pintor cubista, "Nu assis (Dora Maar)" (1939), um retrato distorcido de Dora Maar, fotógrafa e amante do pintor, foi arrematado por ? 4 milhões. O leilão das obras do espanhol foi concluída com a venda de "Nature morte à la guitare - Bouteille, verre de vin et journal" (1914), por quase ? 610 mil.
O quadro "Le coq" (1940) superou as expectativas dos leiloeiros, que haviam estimado seu valor máximo em ? 6,6 milhões.
"Trata-se de um recorde mundial para o artista", afirmou à EFE uma porta-voz da Christie''s, sem revelar a identidade do comprador.
No final do leilão, foram também vendidas três obras de Pablo Picasso (1881-1973).
O quadro de Miró bateu o recorde anterior obtido em 2001 na sede da Christie''s em Nova York por "Portrait de Mme K" (1924), que foi vendido na ocasião por US$ 12,6 milhões (? 9,5 milhões).
Miró pintou "Le coq" em Varengelli-sur-Mer, um povoado do litoral da Normandia (França) onde se refugiou após a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e onde permaneceu até maio de 1940.
O conflito foi retomado na obra, que mostra um galo colorido com bico afiado e aberto.
Segundo estudiosos, o animal indicaria um grito desafiador.
A emotividade do autor fica evidente na intensa, mas limitada gama de cores: o vermelho vibra com o verde, enquanto o negro, libertado de sua tradicional função de contorno e sombra, estabelece um contraponto perfeito.
A tensão do quadro é evidenciada pelo contraste entre o saturado amarelo da terra e o azul do céu, enquanto a esperança e o otimismo de Miró estão presentes no equilíbrio harmonioso entre o branco e o preto.
No leilão, também foi posto à venda o quadro "Le vent" (1924), também de Miró, uma obra lírica pintada sobre papel Ingres na qual um bigode e um guarda-chuva flutuam sobre um homem de chapéu.
A obra foi arrematada por ? 493.700.
O pintor francês Claude Monet (1840-1926) também ganhou espaço no leilão.
O quadro impressionista "Waterloo Bridge, temps couvert" (1004) foi vendido por ? 26,5 milhões, o "segundo maior preço" já pago por uma obra do artista, informou à EFE a porta-voz da instituição.
A pintura, que ultrapassou três vezes seu preço estimado, é um retrato impressionista da ponte londrina de Waterloo e uma das célebres vistas do rio Tâmisa que o mestre francês pintou desde a venda do famoso hotel Savoy, onde havia se hospedado.
Outro trabalho de Monet, "Les arceaux de roses, Giverny" (1913), uma das pinturas mais emblemáticas da famosa estufa de nenúfares de seu jardim com um roseiral ao fundo, foi arrematado por ? 13,2 milhões.
A obra de Picasso "Mousquetaire et nu assis" (1967), em que elogia a virilidade do ser humano com um mosqueteiro cortejando uma dama desnuda, foi comprado por ? 9,5 milhões.
Também do pintor cubista, "Nu assis (Dora Maar)" (1939), um retrato distorcido de Dora Maar, fotógrafa e amante do pintor, foi arrematado por ? 4 milhões. O leilão das obras do espanhol foi concluída com a venda de "Nature morte à la guitare - Bouteille, verre de vin et journal" (1914), por quase ? 610 mil.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/221025/visualizar/
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