Israel atribui foguetes lançados em seu território a grupos palestinos

Três foguetes Katyusha, de fabricação russa, lançados neste domingo a partir do sul do Líbano, atingiram uma cidade ao norte de Israel sem deixar feridos, em uma ação que o Exército israelense atribuiu a um grupo palestino, ao invés do grupo radical xiita Hizbollah.

Um dos foguetes caiu em uma área industrial da cidade de Kiryat Shmona, onde danificou um veículo, enquanto o outro atingiu o sul desta localidade, que fica na Galiléia Superior, e um terceiro alcançou um terreno aberto.

Fontes militares disseram que os foguetes foram disparados de uma região que fica entre cinco e sete quilômetros da fronteira.

Em nenhum dos casos houve registro de feridos, apesar de, inicialmente, o Exército israelense ter pedido à população que ficasse em casa ou procurasse abrigo em refúgios devido ao risco de outros ataques.

No entanto, disseram as fontes, o Exército acredita que "se trata de um incidente isolado" e não vê nenhum risco à população.

A polícia israelense disse que os projéteis disparados são um modelo antigo dos foguetes Katyusha de 107 milímetros, e não da versão 122 em poder da guerrilha Hizbollah.

A organização xiita, que, no ano passado, se envolveu em um violento conflito com Israel, desmentiu através da rede de televisão "Al-Manar" que tivesse qualquer envolvimento com a ação.

Segundo o "Canal 2" da televisão pública israelense, o governo do Líbano informou a Israel que o ataque lançado hoje a partir de território libanês foi cometido por grupos palestinos.

Estes são os primeiros explosivos lançados nesta região desde o fim do conflito entre o grupo rebelde Hizbollah e Israel em agosto de 2006, que terminou com o envio das Forças Interinas das Nações Unidas no Líbano (Finul).

"Que Deus nos ajude. Se tivermos este ano outro verão como o passado, seria uma tragédia", afirmou o prefeito de Kiryat Shmona, Haim Barbivai, pedindo que os governos israelense e libanês respondam ao ataque de hoje.

O conflito do ano passado durou 34 dias e matou mais de 1.200 libaneses e mais de 150 israelenses, além de ter sido a primeira vez que Israel foi atacado por milhares de mísseis.

Mas o Exército israelense acredita que os foguetes foram lançados por uma guerrilha palestina, supostamente em resposta às ações dos últimos dias na faixa de Gaza.