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Atentado em Cabul é o maior na capital desde 2001
CABUL - Uma forte explosão destruiu um ônibus da academia de polícia de Cabul em um importante centro de transportes neste domingo, 17, deixando pelo menos 35 mortos no mais violento atentado na capital afegã desde a invasão americana de 2001. O grupo insurgente Taleban reivindicou a autoria do ataque.
O atentado a bomba - que destruiu as laterais metálicas e o teto, deixando apenas a carcaça do veículo - representa uma importante mudança de escala em relação a outros ataques perpetrados pelo Taleban ou pela Al-Qaeda na cidade. O episódio preocupa pela semelhança com as táticas utilizadas no Iraque.
Além dos 35 mortos - número que inclui 22 policiais - outras 35 pessoas ficaram feridas, segundo o diretor do hospital de Cabul, Ahmed Zia Aftali. De acordo com testemunhas, o ônibus transportava vários instrutores da polícia afegã.
O suposto porta-voz do Taleban Qari Yousef Ahmadi disse que um atacante suicida do grupo causou a explosão. Segundo Ahmadi, o terrorista Mullah Asim Abdul Rahman, de 23 anos, era da região de Cabul. O relato, feito por um telefone via satélite a partir de um local não identificado, não pôde ser confirmado.
Se as informações forem confirmadas, esse será o quinto ataque suicida no Afeganistão em três dias.
Pedaços de corpos não identificados podiam ser vistos a mais de 30 metros do local da explosão. Centenas de policiais e investigadores inspecionaram o local. Em um hospital próximo, um grande saco de plástico azul podia ser visto com as sandálias e sapatos ensangüentados das vítimas.
"Nunca na minha vida ouvi um barulho como esse", disse Ali Jawad, um homem de 48 anos que vendia cartões telefônicos na hora do atentado. "Uma grande bola de fogo se formou. Eu vi sangue e homens decapitados voando para fora do ônibus. Mulheres e crianças gritavam e corriam para todos os lados."
Alvos corriqueiros
Ao menos um dos passageiros do ônibus sobreviveram ao ataque, que aconteceu às 8h10 locais. Nasir Ahmad, de 22 anos, estava sentado no fundo do ônibus, e disse que o veículo transportava entre 30 e 40 instrutores de polícia.
Apesar do comunicado do Taleban, funcionários do governo afegão tentavam determinar se a explosão foi causada por um atacante suicida ou por uma bomba plantada na parte dianteira do ônibus.
Membros do governo de Cabul, policiais e soldados do Exército são comumente alvos de ataques perpetrados por insurgentes contrários ao governo apoiado pelos Estados Unidos do presidente Hamid Karzai.
Uma polícia e um Exército capazes de proporcionar segurança em todo o país por conta própria é essencial para a estratégia para as forças dos Estados Unidos e da Otan deixem o país.
Essa não é a primeira vez que um ônibus carregando policiais e soldados afegãos é atingido por um atacante terrorista no Afeganistão. Ao menos 307 membros das forças de segurança afegãs já foram mortos neste ano, segundo levantamento da AP.
Mais mortífero
O ataque deste domingo é o mais violento em Cabul desde a queda do Taleban
Segundo um funcionário do hospital Jamhuriat, um cidadão paquistanês, dois japonês e um coreano estavam entre os feridos.
Outro paquistanês e um japonês filmavam o local antes da explosão. Eles foram levados para interrogatório.
Os dois japoneses feridos na ação eram membros de uma ONG de ajuda humanitária que passavam pelo local, informou Koji Miyazaki, da Associação para Ajuda e Alívio do Japão.
O atentado a bomba - que destruiu as laterais metálicas e o teto, deixando apenas a carcaça do veículo - representa uma importante mudança de escala em relação a outros ataques perpetrados pelo Taleban ou pela Al-Qaeda na cidade. O episódio preocupa pela semelhança com as táticas utilizadas no Iraque.
Além dos 35 mortos - número que inclui 22 policiais - outras 35 pessoas ficaram feridas, segundo o diretor do hospital de Cabul, Ahmed Zia Aftali. De acordo com testemunhas, o ônibus transportava vários instrutores da polícia afegã.
O suposto porta-voz do Taleban Qari Yousef Ahmadi disse que um atacante suicida do grupo causou a explosão. Segundo Ahmadi, o terrorista Mullah Asim Abdul Rahman, de 23 anos, era da região de Cabul. O relato, feito por um telefone via satélite a partir de um local não identificado, não pôde ser confirmado.
Se as informações forem confirmadas, esse será o quinto ataque suicida no Afeganistão em três dias.
Pedaços de corpos não identificados podiam ser vistos a mais de 30 metros do local da explosão. Centenas de policiais e investigadores inspecionaram o local. Em um hospital próximo, um grande saco de plástico azul podia ser visto com as sandálias e sapatos ensangüentados das vítimas.
"Nunca na minha vida ouvi um barulho como esse", disse Ali Jawad, um homem de 48 anos que vendia cartões telefônicos na hora do atentado. "Uma grande bola de fogo se formou. Eu vi sangue e homens decapitados voando para fora do ônibus. Mulheres e crianças gritavam e corriam para todos os lados."
Alvos corriqueiros
Ao menos um dos passageiros do ônibus sobreviveram ao ataque, que aconteceu às 8h10 locais. Nasir Ahmad, de 22 anos, estava sentado no fundo do ônibus, e disse que o veículo transportava entre 30 e 40 instrutores de polícia.
Apesar do comunicado do Taleban, funcionários do governo afegão tentavam determinar se a explosão foi causada por um atacante suicida ou por uma bomba plantada na parte dianteira do ônibus.
Membros do governo de Cabul, policiais e soldados do Exército são comumente alvos de ataques perpetrados por insurgentes contrários ao governo apoiado pelos Estados Unidos do presidente Hamid Karzai.
Uma polícia e um Exército capazes de proporcionar segurança em todo o país por conta própria é essencial para a estratégia para as forças dos Estados Unidos e da Otan deixem o país.
Essa não é a primeira vez que um ônibus carregando policiais e soldados afegãos é atingido por um atacante terrorista no Afeganistão. Ao menos 307 membros das forças de segurança afegãs já foram mortos neste ano, segundo levantamento da AP.
Mais mortífero
O ataque deste domingo é o mais violento em Cabul desde a queda do Taleban
Segundo um funcionário do hospital Jamhuriat, um cidadão paquistanês, dois japonês e um coreano estavam entre os feridos.
Outro paquistanês e um japonês filmavam o local antes da explosão. Eles foram levados para interrogatório.
Os dois japoneses feridos na ação eram membros de uma ONG de ajuda humanitária que passavam pelo local, informou Koji Miyazaki, da Associação para Ajuda e Alívio do Japão.
Fonte:
AP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/221285/visualizar/
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