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Nacional
Sábado - 16 de Junho de 2007 às 23:37

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O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Mário Jordão Toledo Leme, anunciou neste sábado o afastamento dos chefes de investigação suspeitos de integrar a suposta máfia de caça-níqueis investigada na Operação Xeque-Mate da PF (Polícia Federal). O afastamento atinge ao menos 20 suspeitos.

Os nomes dos policiais suspeitos --são 27, no total-- estão em uma lista apreendida no carro do advogado Jamil Chokr após um acidente na marginal Tietê, na zona norte de São Paulo, no dia 25 de maio. Na ocasião, a PM (Polícia Militar) encontrou peças de caça-níqueis e R$ 38 mil no carro de Chokr. Parte do dinheiro estava em 31 envelopes supostamente destinados a distritos policiais ou delegacias seccionais.

Em depoimento, Chokr admitiu que trabalha para donos de caça-níqueis e bingos, mas ressaltou que o dinheiro era para pagamento de honorários. O advogado é suspeito de operar um esquema de pagamentos de propinas para policiais civis de São Paulo.

De acordo com o delegado-geral de São Paulo, os suspeitos deverão realizar trabalhos administrativos até a conclusão do inquérito.

Na quarta-feira (13), a delegada Cintia Maria Quaggio, da Delegacia de Crimes Funcionais da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo, havia anunciado que pediria a quebra dos sigilos telefônico e bancário de todos os investigados.

A Corregedoria da Polícia Civil já sabe que 84 das 93 delegacias da cidade recebiam de R$ 40 a R$ 4.400 por semana. Anotações encontradas com Chokr no acidente mostram a existência de três faixas de propinas supostamente pagas a policiais civis. De acordo com as anotações, os valores iam de R$ 30 a R$ 40 por máquina de caça-níquel em funcionamento na cidade.

O advogado deverá ser ouvido novamente na próxima segunda-feira (18).





Fonte: Folha online

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