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Sábado - 16 de Junho de 2007 às 20:11

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BELLAIRE, Estados Unidos - Michael Moore acha que fez um filme equilibrado sobre o serviço de saúde dos Estados Unidos. O cineasta acredita que o documentário deverá ser uma inspiração para o senso de cidadania e de decência de todos os norte-americanos. E agora, ele está se preparando para os e-mails ofensivos.

O provocativo diretor, que falou à imprensa na estréia de seu documentário SiCKO, em Michigan, disse que já conta que os setores farmacêutico e de seguros ataquem a sua proposta de uma reforma abrangente que crie um sistema público de saúde nos Estados Unidos.

"Prevejo um ataque massacrante", disse Moore. "Minha esperança neste filme é a de superar a grande divisão que existe neste país e dizer a aqueles do outro lado, que podem discordar de mim: - Não podemos encontrar um meio-termo nesta questão? Somos todos americanos."

Moore ganhou um Oscar em 2002 pelo documentário contra as armas Tiros em Columbine, e fez mais inimigos na direita com a crítica feita à guerra do presidente George W. Bush contra o terrorismo retratada no filme de 2004, Fahrenheit, 11 de Setembro.

SiCKO, que estréia nos cinemas dos EUA em 29 de junho, narra histórias sofridas de norte-americanos que não receberam autorização das seguradoras a passar por tratamento de saúde que salvariam suas vidas ou que foram obrigados a se submeter ao atendimento de emergência dos hospitais porque não podiam pagar.

Para fazer comparações, Moore vai ao Canadá, Reino Unido e França, e exibe surpresa ao encontrar evidências de que os sistemas nacionais de saúde desses países fornecem atendimento médico básico de melhor qualidade.

Moore disse que foi notificado que poderá enfrentar um processo judicial por ter visitado Cuba, acompanhando um grupo de norte-americanos que foram buscar tratamento médico lá, violando as restrições de viagem à ilha impostas pelos EUA.

"Estou preocupado. Eles me notificaram que estou sendo investigado por infrações civis e criminais", disse.

Moore concordou em exibir SiCKO em uma região predominantemente republicana em seu Estado natal, em evento beneficente para o Partido Democrata do condado de Antrim.

O Partido Democrata local tinha apenas 30 membros ativos quando o presidente George W.Bush assumiu o poder e encontra dificuldades em apresentar candidatos para eleições locais.

Moore espera que o documentário influencie os debates da eleição presidencial de 2008, dizendo que a maioria dos norte-americanos está pronta para aceitar sacrifícios a fim de dar atendimento médico aos 47 milhões de cidadãos que não têm seguro de saúde.




Fonte: Estadão

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