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Internacional
Sexta - 19 de Abril de 2013 às 15:42

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Niu Dun
Na pauta internacional, além de debates que tentam amenizar as consequências da deficiência na infraestrutura do país e a situação portuária do Brasil - como o não cumprimento de prazos na entrega de mercadoria-, a comitiva brasileira também busca garantir, junto ao Ministério da Agricultura da China, uma unidade no uso de novas tecnologias para a produção de culturas como milho, soja e algodão, além de evitar o cancelamento das importações.
 


Representante do Governo e Parlamento brasileiros, o senador Blairo Maggi explica que, nas reuniões que acontecem em parceira com a Abrapa e Aprosoja, algumas pendências junto ao ministério daquele país estão sendo levantadas pela comitiva brasileira. O objetivo é atenuar algumas regras para uso de novas tecnologias agrícolas que tem prejudicado o mercado brasileiro, entre outras medidas.
 
 
 
“São questões de ordem prática. Quando dois países têm relações comerciais desse porte, como Brasil e China, é imperioso que estejam alinhados também na questão da tecnologia. Avançamos lá (Brasil) e muito, e precisamos que aqui o Governo chinês reconheça esses mecanismos para que não tenhamos prejudicadas novas opções de tecnologia de produção”, disse Blairo Maggi que retorna de viagem na próxima semana (25.04) onde cumpre agenda oficial.
 
 
 
O senador ressalta ainda que outra preocupação tem sido demovê-los da ideia das suspensões de compra por atraso nos portos. Blairo lembra que as ligações comerciais com a China ‘rendem bons frutos ao Brasil’. “Atualmente, a economia do nosso país é bastante dependente dos preços das commodities no mercado mundial e temos a China como principal destino. De 2005 a 2012, por exemplo, eles acumularam importações de US$ 16,410 bilhões em produtos somente do estado de Mato Grosso, assumindo isoladamente o lugar de nosso principal "cliente". Porém, hoje, eles estão ameaçando trocar a soja brasileira pela americana por causa da ineficiência da nossa logística”, lastimou Maggi.
 
 
 
Maggi embarcou na última segunda-feira (15.04) na tentativa de estreitar o canal de comercialização com empresários do gigante asiático e sanar a celeuma dos portos. Para tal, na agenda já foram feitas visitas ao presidente da Câmara de Comércio de Importação e Exportação de Produtos Alimentares, Bian Zhenhu, ao diretor da Associação Nacional da Indústria Pecuária, Alimentação e Serviço da China, He Xintian, a escritórios de negócios com intuito de discutir o mercado internacional; além da agenda de Governo junto ao vice-ministro de Agricultura Niu Dun.
 
 
 
Nesta, Blairo confessou-se preocupado. "Na verdade o ministro nos alertou que, hoje, os chineses estão tendo uma mudança de postura com relação ao Brasil, em relação aos transgênicos, aumentando a rejeição, enfim, saio daqui mais preocupado do que quando cheguei", desabafou o mato-grossense.
 
 
 
REALIDADE
 
 
 
A China já ocupa quase 100% de seu território agricultável, e por isso depende das importações de commodities para sustentar uma população estimada em mais de 1 bilhão de pessoas. Entre os principais produtos exportados para o mercado chinês estão a soja, o milho, algodão, couros bovinos e madeiras.





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