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Sábado - 16 de Junho de 2007 às 19:46

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Se for perguntado o que o empresário Armindo Denardin, leia-se diretor fundador do Grupo Mônaco, e o treinador pentacampeão brasileiro, Luis Felipe Scolari, o Felipão, tem em comum, além do Estado do Rio Grande do Sul, onde estabeleceram uma forte ligação de amizade, muitos mato-grossenses, que assistiram a palestra motivacional Time de Máquinas, em Cuiabá e Sinop, respectivamente nos dias 15 e 16 de junho saberão responder: sonhos, ideais, empreendedorismo, sucesso, vitória, garra, determinação, comprometimento, planejamento, seriedade, busca de resultados e da melhoria contínua na qualificação de todos os processos e procedimentos.

Associar o cotidiano empresarial à rotina do futebol foi um mote que extrapolou interesses mercadológicos, do Grupo Mônaco, que está instalado há um ano em Cuiabá, onde no período, segundo o diretor Rui Denardin, trabalhou-se com a estruturação interna voltado muito melhora da área de assistência técnica, recursos humanos e vendas, estruturação física que possibilitou a atuação em algumas cidades que não existia a presença da marca. Por outro lado, já tem maturidade e uma história de três décadas para contar. No país é responsável por cerca de mil empregos, só em Mato Grosso são 140 diretos e a perspectiva de dobrar este número em um ano e meio, com novas instalações. Hoje está presente em Cuiabá, Sinop e Rondonópolis, com revendedora de ônibus e caminhões da volkswagem, e ainda este ano será inaugurada filial em Tangará da Serra, e no próximo ano, em Barra do Garças, ampliando assim através da capital e regiões do norte, sul, leste e oeste a sua atuação local. É um plano tático, interessante e que já está trazendo retorno ao estado.

Como só neste mês resolveu mostrar ao mercado mato-grossense a que veio, o grupo optou por utilizar estrategicamente a palestra do Felipão, atrelando assim sua marca, presente em cinco estados: Pará, Amapá, Piauí, Maranhão e Mato Grosso, ao perfil de um pentacampeão, que aliás fez em grande parte do tempo, da sua apresentação, a analogia entre o papel do técnico e do empresário, ao mesmo tempo em que relatou sua trajetória. “Este evento é o marco zero do grupo em Mato Grosso”, disse Rui, apontando que “o mercado mato-grossense nos conhecerá melhor”. Ao finalizar sua fala, na abertura do evento, frisou que o estado é de gente vencedora.

Está destacado no portifólio do Grupo Mônaco, que “cada ação do homem sobre o meio constrói um pouco de história, cada passo da sua vida complementa essa história”. Felipão, em sua palestra, mostrou através da sua própria história um exemplo de como é este caminhar rumo ao sucesso, que pode ser igual à de outros famosos que construíram suas carreiras, nos mais diversos segmentos, a partir de muitas dificuldades.

Se de um lado o Grupo Mônaco mostrou, durante o evento, a primeira loja, muito modesta, fundada em 1977, década do tri campeonato brasileiro, em Altamira, interior do Pará, e que deu início ao conglomerado hoje composto por 10 empreendimentos, com referência no norte, nordeste e centro-oeste, atuando na distribuição de caminhões e ônibus Volkswagen, motocicletas Honda e pneus Michelin, e pesquisa genética e inseminação artificial. Do outro, de forma análoga foi mostrado o resultado que o técnico Felipão conquistou, tendo como princípio de sua história, uma casa também muito modesta, localizada como ele mesmo disse, “no interior do interior”, uma localidade distante , na cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.

Foi numa vila e estudando em escola pública que Felipão passou parte de sua infância. Dali, foram vários passos e 18 anos, para a participação no mundo fantástico do futebol profissional, primeiro como jogador e depois como técnico, de diversos times, em nível local, nacional e internacional: Aymore, Caxias, Juventude e Novo Hamburgo,, CSA, Brasil de Pelotas, e Grêmio, foram os times nos quais atuiou como jogador. E o Coritiba (PR), o Criciúma (SC), o Goiás (GO), o Palmeiras e o Cruzeiro, Al Sabbab e Al Ahli, na Arábia Saudita; do Al-Qadsia, no Kuwait; Júbilo Iwata, no Japão, Seleção Brasileira e a de Portugal, os que tiveram sua marca como treinador. “Comecei com salário mínimo, mas o meu primeiro time, o Aimoré de São Leopoldo, deu-me a oportunidade”, ou seja, ele valorizou a conquista, como muitos trabalhadores, devem também valorizar.

Mensagens como: “quem escreve as manchetes da nossa vida, são nossos atos”, “sonhos levam a terras longínquas” , “a marca da conquista é estar sempre de bem com a vida e em paz consigo mesmo” e que “a intuição é titular, a voz do coração nunca se engana”, foram destacadas durante a palestra.

Uma das fotos pessoais exibidas em sua apresentação é a dele com um companheiro, cada qual com uma chuteira no pé. Felipão disse que os pais, a exemplo do seu, não incentivavam o futebol. E que para uma criança ter chuteiras, há 50 anos, era difícil, então ele comprou uma em parceria com o colega. Ele jogava chutando com o pé direito e seu amigo com o esquerdo. Portanto, a chuteira em sociedade funcionava muito bem. Isso pode ser levado para a empresa, disse Felipão, pois é o princípio do companheirismo entre equipe, o saber dividir.

Quando jovem, já residindo em Porto Alegre, Felipão fazia um trajeto de 300 quilômetros por dia para conciliar o trabalho, o estudo. Dava aula, jogava e estudava, em cidades diferentes e distantes da capital. Ou seja, ia atrás do seu projeto de vida.

Sua primeira e única conquista de campeão, como jogador, foi no time CSA de Alagoas, e sem constrangimento disse que entrou no guinnes com o seguinte resultado, em 16 anos, fez quatro gols e também errou quatro.

Foi no time CSA de Alagoas, que Felipão “parou de jogar. Começou a ser treinador. E mais uma vez fez comparação com a empresa, destacando que como jogador ele tinha um comportamento com a equipe, mas como treinador teve que mudar, passou para outro nível e os que eram da sua equipe não entenderam, e ele não soube se expressar e foi demitido.

Retornando para Porto Alegre nenhum time de primeira divisão lhe deu emprego, não havia uma referência como treinador, mas conseguiu treinar uma equipe júnior do Juventude. “Desci cinco degraus, vi que eu precisava sentar no banco e olhar, ter conhecimento técnico”, mas uma obra do acaso o levou para ser técnico da seleção principal, quando dois técnicos ficaram impossibilitados de acompanhar o time, no exterior, um por estar doente e seu substituto por não ter curso superior. Ocorre, porém, que ele havia estudado e se pós-graduado em Educação Física, buscou o conhecimento e foi isso que carimbou seu passaporte para a conquista.

Felipão foi para a Arábia Saldita e trouxe a equipe campeã, retornando famoso, e logo recebeu convite para ser treinador de um time daquela localidade, voltando para a Arábia e construindo uma carreira viável no aspecto financeiro. Ganhou em três anos o que levaria no Brasil, 21 anos para conquistar, na mesma função. Portanto, deixou como mensagem, neste aspecto, que as pessoas devem estar preparadas para quando surgirem às oportunidades. Uma das suas maiores conquistas como técnico, fora da Seleção Brasileira, foi no Palmeiras, quando levou o time para a maior conquista alviverde, a Taça Libertadores.

Tanto na coletiva que concedeu à imprensa em Cuiabá, quanto na palestra, Felipão disse que se há na equipe um bom profissional, mas que não é motivado, ao mesmo deve ser dada a oportunidade em outra função. Caso não se saia bem, ai sim vem a substituição, ou seja, fica fora do time. “Ruim vai pra outra empresa, ou time”, frisou.

Felipão mostrou na palestra dois planos táticos, um de uma estratégia vencedora, da Copa do Mundo 2002, na Seleção Brasileira, e outro de uma que não obteve êxito a Copa Euro de 2004, como técnico na Seleção de Portugal. A primeira a vitória foi atribuída ao espírito de equipe, todos jogavam de forma integrada, ao passo que na segunda, em nível coletivo, a Grécia seleção adversária, levou a melhor, pois Portugal tinha jogadores bons em nível individual. “Em certos momentos não vale ser bom no individual, tem que ir necessariamente para o coletivo, assim é numa empresa”, deixou claro.

Ao finalizar o técnico pentacampeão deixou uma mensagem, cuja síntese é “não confiem cegamente nos métodos que sempre deram certo, um dia podem não dar”. Para a equipe de funcionários da organização promotora transmitiu um conselho, “façam o melhor que serão bem recompensados”, deixando claro que todos têm sua importância e ele conhece o Grupo Mônaco.




Fonte: 24 Horas News

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