Mão-de-obra lidera ranking de custos da pecuária, revela estudo
Segundo a pesquisa, a mão-de-obra na produção de gado teve aumento de 90% nos últimos quatro anos, enquanto o preço da arroba, no mesmo período, teve queda de 7,2%. O trabalhador na pecuária representou, somente em abril, 30,4% dos custos totais para o produtor. O custo da mão-de-obra nas propriedades do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul pode variar entre US$ 40,00 e US$ 16,00/100 kg vendidos.
Segundo a assessora de Economia da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), desde 2003, o reajuste no Estado acumulou 58,33% e a arroba sofreu retração de 0,18%. Para o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), Ademar Silva Junior, a situação é preocupante, já que o setor adota o salário mínimo rural (hoje em R$ 385,00), que ainda está acima do novo salário mínimo urbano, reajustado em 8,57%.
“Na próxima semana, acontece a convenção coletiva de trabalho que irá reajustar o salário mínimo rural. Há uma diferença muito grande do trabalhador da cidade e do campo, já que o rural tem benefícios como moradia e isenção de luz e água por exemplo, e mesmo assim, os salários maiores, muitas vezes, estão no campo. O problema na pecuária, é que o produtor não consegue repassar esse custo no produto, baixando sua rentabilidade”, explica Ademar.
Além do custo de mão-de-obra, o aumento de 4,3% no ultimo mês nos adubos e fertilizantes, provocado pela alta do dólar e a demanda de grãos no mercado internacional, também impactou nos custos totais da pecuária. De acordo com a pesquisa, outro fator que impulsionou a alta nos fertilizantes foi o encarecimento do gás natural, utilizado no processo de fabricação.
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