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Cidades/Geral
Sexta - 15 de Junho de 2007 às 21:36

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Servidores da educação superior decidiram hoje manter a greve que já dura 19 dias. A categoria paralisou os trabalhos em 43 instituições federais de ensino superior. A decisão de manter a greve surgiu depois de uma reunião hoje á tarde com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvainer Paiva.

O governo não apresentou soluções para os problemas apresentados, segundo o coordenador geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores de Universidades Brasileiras (Fasubra), Luiz Antônio de Araújo. Procurado pela Agência Brasil o secretário de Recursos Humanos do ministério não se manifestou sobre o assunto. A assessoria de comunicação do ministério informou que o secretário teve uma reunião com o ministro Paulo Bernardo e logo depois seguiria para uma viagem fora de Brasília.

Em Cuiabá, um dos coordenadores do Comando de Greve dos servidores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Benedito Ferraz, disse há instantes ao RMT Online que a paralisação também continua em Mato Grosso por tempo indeterminado. Segundo Ferraz, das 46 instituições federais, apenas uma universidade no Maranhão, outra em Rondônia e uma escola agrotécnica na região Sudeste não aderiram a paralisação. A fasubra conta com 46 instituições federais de ensino e seis univeraidades estaduais filiadas.

"Mesmo com os professores tentando manter as aulas a situação é precária. Sem os funcionários da área administrativa fica muito complicado manter a universidade em funcionamento. Os professores também só não paralisaram as atividades por causa de uma questão interna dos sindicato deles, que optaram por ficar fora do movimento", disse Ferraz.

Entre as reivindicações apresentadas pela Fasubra destaca uma: a mudança no teto salarial. De acordo com dados da Fasubra, o teto hoje está em torno de R$ 701,98. Os servidores querem acrescentar a esta valor mais três salários mínimos. Eles alegam que há três anos a categoria não tem reajuste salarial. Além disso, eles lutam para que os hospitais universitários não sejam transformados em fundações estatais.

"Como a prioridade [do governo] é o pagamento de dívida, estrangulam-se os recursos existentes para ainda dividir com milhões de servidores. E pelo andar da carruagem, a greve está longe de ter fim", ressaltou. Cerca de 140 mil pessoas aderiram à greve em todo país. Uma nova reunião com o secretário do Planejamento foi marcada para a próxima terça-feira (21). Até lá os servidores ainda continuam no movimento grevista.





Fonte: Agência Brasil

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